Prefeito de cidade do RJ quer retirar locomotiva histórica de museu de Tubarão

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Divulgação
A tentativa do prefeito de Miguel Pereira (RJ) de sequestro da locomotiva Pacific 53,  monumento histórico que enriquece o Museu Ferroviário de Tubarão, soa como mais um deboche do governo federal contra o patrimônio de Santa Catarina. A autorização foi dada pelo ministro dos Transportes, Cesemiro Silveira (PR), atendendo pedido do correligionário, André Português (PR).
A tentativa mereceu forte reação popular no Sul, especialmente depois que um incêndio destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro, o um dos maiores patrimônios culturais do país ao longo de 200 anos. Provoca, também, apreensão em relação a edifícios públicos estaduais e municipais que estão se deteriorando em Santa Catarina. De igual intensidade, o Arquivo Público do Estado, sempre relegado a quinto plano, hoje no prédio semidestruído da extinta Imprensa Oficial, à procura de nova sede.
Segundo informaram ao prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), o prefeito Português é afilhado político do presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM. Ele se revelou um político mal educado. Visitou Tubarão, sequer falou com o prefeito e avisou que ia levar a locomotiva.
A Câmara de Tubarão está aprovando lei de tombamento da locomotiva para evitar o sequestro. Os ministérios públicos Federal e de Santa Catarina se uniram para ingressar com ação pública contra a transferência. A Fundação Catarinense de Cultura enviou técnicos a Tubarão para o processo de tombamento como patrimônio da cidade e do Estado. E o prefeito Ponticelli está disposto a apelar à Polícia Militar e acionar a Guarda Municipal para barrar a descabida pretensão do prefeito fluminense.
O falecido senador Luiz Henrique costumava repetir que um Estado sem cultura é “um depósito de gente”. 
Muito mais: um povo sem memória é um povo sem futuro.

Fonte: NSC Total


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