Testes com ônibus sem motoristas avançam no mundo e geram temor sobre corte de empregos
Em Lisboa, um micro-ônibus se move lentamente numa pista ao lado de uma praça com muitos pedestres. Quando alguém passa em frente ao veículo, ele freia automaticamente e de forma suave. Se a pessoa permanece alguns segundos bloqueando o caminho, o veículo dispara uma buzina, até o pedestre sair. Sim, o veículo dispara a buzina, porque motorista não há. Diversas cidades como Lisboa, onde a reportagem da Folha experimentou uma viagem num veículo autônomo, vêm testando formas de repassar as funções do motorista para sistemas, numa rota gradual cujo ponto final pode ser a extinção da profissão. Quase sempre elétricos, os coletivos autônomos avançam de modo silencioso. Testes com veículos pequenos, para 15 pessoas, são feitos desde 2014 em ambientes fechados, como universidades. Ao longo de 2018, eles passaram a ser avaliados em cidades como Verdum e Estrasburgo, na França, Babcock Ranch, nos Estados Unidos, e Sydney, na Austrália. Segundo empresas do setor, a expectativa é que