CPTM homenageia quase 1400 colaboradores no dia dos maquinistas
A CPTM transporta mais de três milhões de pessoas diariamente ao longo de suas 94 estações divididas em seus 271 quilômetros. Para que isso seja possível, a empresa conta com o trabalho e a dedicação dos seus mais de oito mil colaboradores de diversas áreas, sendo 1399 deles maquinistas incumbidos diariamente da missão de movimentar milhões de história dentro de 23 municípios de um dos maiores conglomerados urbanos do mundo. A CPTM homenageará estes profissionais nos canais de comunicação internos e externos nesta terça-feira (20).
"Esses profissionais desempenham um papel fundamental nas operações da CPTM. Sem maquinista nossos trens não funcionam e não podemos alcançar nosso propósito. E por isso é necessária uma formação sólida e cuidadosa", afirma Pedro Moro, presidente da CPTM.
Todos os maquinistas passam por treinamentos rigorosos que sempre são atualizados com os melhores padrões de operação. Para aprimorar esse processo, desde de 2011 a CPTM adquiriu cinco simuladores de operação de trem com tecnologia de ponta. O primeiro foi implantado no Centro de Formação Profissional Engenheiros James C. Stewart (CPTM/SENAI), na Lapa. Outro no prédio administrativo de Presidente Altino, em Osasco, além de duas unidades nas estações Luz e Brás e uma instalada mais recentemente em Suzano.
Os profissionais têm à disposição equipamentos semelhantes aos utilizados nos setores de aviação e automobilismo. Há duas cabines equipadas em cada simulador com toda a aparelhagem disponível em um trem real e uma tela que projeta a imagem da linha. Com o auxílio das áreas de circulação e controle operacional, foi possível programar o equipamento para reproduzir as características de trens da companhia. Durante os treinamentos são utilizados dois postos de apoio específicos: um destinado ao instrutor, que controla e designa as atividades dos operadores; e outro de observação, com uma tela ligada diretamente à cabine de simulação, que permite aos alunos acompanharem e aprenderem com as situações enfrentadas pelos colegas. Várias situações ligadas ao dia a dia de operações podem ser simuladas como alterações climáticas (chuvas e neblina), ocorrências de ordem técnica e outras mudanças de ambiente para que o operador possa se adaptar às diferentes interferências sujeitas à rotina dos trens.
Maquinistas representam mais de 1/6 do corpo de funcionários da CPTM. Atualmente há 81 maquinistas mulheres, algumas de longa data e outras com inícios de suas atuações recentes.
Uma das primeiras mulheres a assumir o cargo de maquinista na antiga FEPASA, Andrea Monteiro, hoje colaboradora do DOC2 – Movimento de Trens das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda - iniciou as atividades há 26 anos. A maquinista diz que além do amor pela profissão ela dá muita importância a missão de transportar diariamente milhares de pessoas, pois tem consciência que está ajudando a movimentar São Paulo e realizar conexões: “São pessoas que estão indo trabalhar, estudar, deixando ou indo reencontrar a família, é uma missão muito importante”, crava.
Ela destaca que antes tudo era majoritariamente manual e que foi interessante passar por essas transformações tecnológicas causadas pelas modernizações nas frotas e nos espações ferroviários: “De lá para cá muita coisa mudou, a tecnologia facilita o trabalho, mas a atenção continua a mesma. A demanda também aumentou bastante, antes nós conhecíamos as pessoas, era um vínculo mais próximos, mas hoje é tudo maior, a ferrovia cresceu junto com São Paulo”.
Andrea cita que, embora ainda seja pequena a participação de mulheres na função que ocupa, viu o cenário melhorar para as profissionais femininas: “No início era mais difícil, não era bem aceito por colegas e até por passageiros que se recusavam a entrar na locomotiva quando viam uma mulher conduzindo. Iniciei essa jornada aos 21 anos e hoje me sinto realizada. 'Escolha um trabalho que ame e não terá de trabalhar um único dia de sua vida'. Eu escolhi a ferrovia”, finaliza a maquinista com a frase de Confúcio.
O Dia nacional do Maquinista Ferroviário foi oficializado somente em 8 de maio de 2012, via decreto n° 12.621. Apesar disso o Estado de São Paulo já havia instituído a data para celebração em 9 de janeiro de 2002, via Lei n° 11.048.
A data foi escolhida em menção ao dia de inauguração da AMAFER (Associação dos Maquinistas e Ferroviários de São Paulo), que iniciou suas atividades em 20 de outubro de 1907.
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