VLT Carioca defende moradias para recuperar o Centro

VLT - www.rio.rj.gov.br

O presidente do VLT, Marcio Hannas, defendeu políticas públicas e privadas que incentivem a moradia no Porto Maravilha e no Centro do Rio. Em live com o DIÁRIO DO PORTO, na quinta-feira, 3 de setembro, ele disse que a ocupação da região por mais habitantes será importante para a recuperação das atividades comerciais e para atrair novos investimentos.

Diante de questão enviada pelo público sobre o valor da tarifa do sistema, considerado caro, Hannas explicou que a mesma é definida contratualmente, não pela empresa, e lembrou que no Brasil não há subsídio ao transporte público, ao contrário do que acontece em vários países desenvolvidos.

O confinamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus afetou severamente o movimento de passageiros do VLT, mas Hannas acredita que o próximo ano será de recuperação. E tem uma visão otimista para o futuro do Rio. O que passa pela eleição de um candidato a prefeito que tenha boas propostas para a cidade, especialmente para o Centro, e por uma mobilização também do empresariado, segundo Hannas.

Veja abaixo, alguns trechos de sua participação na entrevista conduzida pelos editores do DIÁRIO DO PORTO, Aziz Filho e Antonio Carlos de Faria.
VLT pede moradias para jovens

O Centro do Rio vem sofrendo um processo de esvaziamento, com menos circulação de pessoas. Para Hannas, uma das soluções seria o estímulo às moradias na região, traçando um paralelo entre uma nova tendência dos jovens e a mudança de hábitos com a pandemia.

“O Centro precisa ter um foco e um trabalho ordenado de planejamento para sua ocupação. A pandemia veio acelerar processos que já estavam ocorrendo na sociedade, como ampliar a experiência do trabalho remoto. Acho que isso vai mudar o modo como a gente circula na cidade. Além disso, a tendência atual dos jovens é a de levar uma vida mais simples, vivendo por meio de negócios próprios ou de trabalho sem vínculo com único empregador. O jovem quer ter o custo de vida baixo. É uma população que busca tipos de imóveis diferentes. Quer trabalhar e morar no mesmo local. O Centro do Rio é ideal para receber empreendimentos residenciais voltados para esse público, com um novo estilo de vida. É preciso projetos que transformem em residenciais boa parte dos atuais edifícios da região e que se construam novos”, destacou o empresário.

Para Hannas, o aumento de moradores terá reflexos positivos importantes para a região. “Uma vez que traz moradia, vai trazendo novas atividades para o Centro. O restaurante, que normalmente funciona no almoço, vai passar a funcionar no almoço e no jantar. Também tem o desafio da segurança. Talvez reforçar o Centro Presente, programa complementar de policiamento, e trazer mais tranquilidade para as pessoas se sentirem atraídas a morar na região”.
Empresas têm que participar, diz Hannas

Além de políticas públicas e da ação dos governos, o presidente do VLT cobra mais atitude dos empresários, que poderiam atuar em conjunto para buscar soluções que estimulem uma retomada econômica na região central da cidade. Hannas afirma que não basta ficar reclamando. É preciso se mobilizar, analisar soluções que já foram adotadas em projetos de revitalização de áreas centrais de outras grandes cidades. Para isso, não basta que as empresas fiquem esperando a solução vir dos governantes. “Acho que falta esse movimento da iniciativa privada. Há muitas ações que os próprios empresários poderiam realizar e, em conjunto, trabalhar para que os órgãos públicos também cumpram sua parte.”

Fonte: Diário do Porto

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rio de Janeiro-RJ. A linha de ônibus mais longa da Zona Oeste. Confira aqui as 10 mais colocadas

Prefeitura de Niterói prorroga restrição de circulação com municípios vizinhos até 20 de maio

Estado reserva R$ 20 mi para Linha 20-Rosa - Diário do Grande ABC