SuperVia e Metrô afirmam ter prejuízo de mais de R$ 200 milhões durante a pandemia




A SuperVia e o MetrôRio informaram nesta terça-feira que após seis meses de pandemia foi registrado uma perda de passageiros, que resultou em prejuízo. Segundo a SuperVia, foram perdidos 47,2 milhões de passageiros, com um prejuízo de mais de R$ 204,5 milhões. Segundo o Metrô, a concessionária deixou de transportar 98 milhões de passageiros e neste mesmo período, a empresa teve uma perda de receita de R$ 409 milhões e um prejuízo operacional de R$ 238 milhões. 
De acordo com a concessionária SuperVia, além da diminuição de clientes, metade das lojas e quiosques existentes nas estações fechou e a inadimplência chegou a 80%. Com a flexibilização, a maior parte voltou a funcionar, mas a inadimplência ainda está em torno de 30%.
A SuperVia ainda informou que assumiu custos extras por conta da contratação de equipes para reforçar a limpeza dos trens e estações para prevenção a covid-19. 
Segundo eles, a SuperVia transporta cerca de 300 mil passageiros por dia, metade do que era registrado antes da pandemia. A maior perda ocorreu no final de março quando a queda no número de clientes chegou a 74%. Depois, estabilizou-se em 60%.

A empresa ainda ressalta que não conta com qualquer subsídio do poder público, que "vive apenas da venda das passagens". A expectativa é que o movimento de passageiros volte ao normal apenas no segundo semestre de 2021. Em 2020, a perda deve fechar ainda em 30%.

A SuperVia informou que todo o setor de transporte público de passageiros aguardam a aprovação no Senado Federal do projeto de lei, aprovado pela Câmara dos Deputados em 26 de agosto, que prevê o auxílio financeiro para minimizar os efeitos da pandemia no caixa das empresas e permitir a continuidade das operações. Depois de aprovada no Congresso Nacional, o projeto ainda precisará passar pela Alerj antes de chegar às empresas do Rio.

Ainda segundo a concessionária, desde o início da pandemia, a direção da SuperVia já realizou cerca de 50 reuniões com parlamentares e autoridades do governo federal e do Rio, além de representantes de bancos públicos.

Em agosto, a concessionária firmou acordos com a Light e a Cemig (fornecedoras de energia elétrica para o sistema ferroviário) que, somados às outras ações que a empresa tem adotado, segundo eles, garantirão caixa para manter a operação até final deste mês. O acordo prevê a postergação do pagamento de parte das faturas mensais de energia elétrica, que representa o segundo maior custo operacional da concessionária, depois da folha de pagamento dos colaboradores.

Outras medidas implementadas pela SuperVia para diminuir gastos foram a renegociação de contratos e a redução em 25% os salários de seus funcionários. Mesmo com a baixa demanda, a empresa tem os gastos fixos com a operação, como manutenção e pagamentos de fornecedores.

A SuperVia ainda defendeu que, a partir da crise, seja feita uma profunda reestruturação do transporte de passageiros, com a criação de uma Autoridade Metropolitana, que organize o sistema para garantir maior racionalidade para o passageiro e saúde financeira para as empresas. Uma maior racionalização poderia facilitar os planos de longo prazo das empresas a fim de melhorar a prestação de serviço cada vez mais.
"Com esse mesmo objetivo, a concessionária também defende a aprovação, no âmbito do Congresso Nacional, de um marco regulatório nacional para os transportes públicos de passageiros nos moldes que foi feito com o saneamento para garantir previsibilidade nos serviços e investimentos", afirmaram em nota.

MetrôRio

O MetrôRio, assim como a concessionária SuperVia, informou que por conta da pandemia, a concessionária deixou de transportar 98 milhões de passageiros. Neste mesmo período, a empresa teve uma perda de receita de R$ 409 milhões e um prejuízo operacional de R$ 238 milhões.

Segundo a concessionária, atualmente, há um registro de queda de 60% no número de passageiros, que representa aproximadamente 370 mil clientes por dia no sistema - antes da pandemia eram 900 mil por dia. Em nota técnica do dia 22 de julho, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) afirmou que, para manter a operação, seriam necessários aproximadamente 550 mil passageiros por dia.

A concessionária informou que está em "constante diálogo com os representantes governamentais para encontrar uma solução e obter os recursos necessários para viabilizar a continuidade da operação" e ressaltou que sua receita vem exclusivamente da tarifa cobrada dos passageiros.

A concessionária ainda informou que além dos gastos fixos para manter toda a sua estrutura funcionando, também foi feito investimentos de sanitização e higienização específicas contra o novo coronavírus.

Fonte: O Dia


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