Rio de Janeiro terá serviço de aluguel de bicicleta elétrica a partir de sábado

Divulgação: Tembici


A partir de sábado, os moradores do Rio poderão contar com o primeiro serviço de bicicletas elétricas compartilhadas da América Latina. A novidade será oferecida pela empresa de micromobilidade Tembici em parceria com o Itaú Unibanco, patrocinador do Bike Itaú.

Mauricio Villar, sócio da Tembici explica que as estações para retirada e entrega serão as mesmas já usadas para as bicicletas comuns, assim como a forma de pagamento via cartão e o plano, que pode ser diário, mensal ou anual. A diferença é que a cada viagem com bike elétrica, com duração de 15 minutos, será cobrado R$ 3 a mais. Esta cobrança extra, porém, será isenta na primeira semana de operação.

A decisão de ampliar os serviços se sustenta na vontade dos usuários. De acordo com estudo da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) com o Labmob/UFRJ, 32% dos ciclistas gostariam de usar uma bicicleta elétrica para suar ou cansar menos, 23% para enfrentar subidas e 18% para chegar mais rápido. A vontade, porém, esbarra no preços das bikes elétricas, de R$ 3,5 mil em média, o modelo mais simples.

Outras capitais

Ainda de acordo com a Aliança Bike, a venda dos modelos elétricos aumentou 53% em agosto, em comparação ao mesmo mês de 2019. A projeção do setor é comercializar 32 mil unidades este ano — 30% mais do que no ano passado.

Tanto Villar quanto o diretor executivo da Aliança Bike, Daniel Guth acreditam que este é um mercado em expansão. Foi impulsionado na pandemia, quando as pessoas passaram a buscar meios alternativos de transporte e lazer. A expectativa é que o uso dos modelos triplique nos próximos anos.

— É um movimento sem volta, que será impulsionado no pós-pandemia. Estamos fazendo essa aposta com embasamento — diz o sócio da Tembici.

As e-bikes serão recarregadas nas próprias estações com tecnologia especial para o modelo.

— A bicicleta elétrica faz até 60 quilômetros com uma carga, o que dá uma média de dez viagens por dia — diz Villar, levando em conta que a média de uso nas convencionais é de 3km a 4km por viagem. — Caso a carga esteja inferior a 20%, a bicicleta fica travada. O mesmo acontecerá se houver um furto ou roubo. O cliente entra em contato, localizamos a unidade e a travamos.

Segundo os executivos, o uso do sistema ainda é incipiente, presente em algumas cidades de França e Estados Unidos, além de Barcelona e Dubai. O Rio de Janeiro foi escolhido para implantar o serviço, por ser a maior praça em número de clientes e diversidade de público do país.

O investimento da implementação foi de R$ 10 milhões para uma oferta de 500 unidades. A operação deve seguir depois para São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Chile e Argentina, mas sem data definida ainda.

Guth argumenta que, diferentemente das patinetes, que também são elétricas e não vingaram, as bicicletas vão fazer sucesso por contarem com sistema mais estruturados, com as estações.

Esse modelo concede previsibilidade de onde encontrar uma unidade e programar a rotina. A chegada delas vai fazer uma revolução, como fez onde foram colocadas. Vai aumentar o número de pessoas usando.

Segundo Guth, o principal entrave à expansão são os impostos elevados:

— A carga tributária da bicicleta elétrica é altíssima, de 85% sobre o custo. Só o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de 35%, maior do que as alíquotas de uísques e charutos, de 30%.

Fonte: O Globo

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