Rio de Janeiro-RJ. Auto Viação Jabour e Transportes Flores demitem mais de 600 motoristas.

A crise na área do transporte no município do Rio tem mais um capítulo, dessa vez a Auto Viação Jabour demitiu 278 motoristas, por conta da baixa demanda de passageiros, os motoristas que estão afastados e que estão de férias, serão desligados também.




Em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o Grupo JAL, demitiu cerca de 400.
Alguns profissionais demitidos pela Flores alegam que representantes da empresa teriam informado que eles deveriam procurar a Justiça pra assegurar direito trabalhistas. De acordo com o motorista Eliel Trezedeck, a empresa nem sequer liberou o FGTS da categoria.


O Sindicato dos Rodoviários afirma que tentou apresentar uma proposta para impedir as demissões da Jabour, porém sem sucesso.

"A empresa procurou o sindicato alegando que precisava demitir um contingente de 260 trabalhadores, e apresentou uma proposta inviável, de parcelar em 15 vezes essas rescisões. A maneira que vimos era organizar os trabalhadores através de uma assembleia para apresentar uma contraproposta", afirmou Antônio Bustamante, dirigente do Sindicato dos Rodoviários.

"Se a empresa voltar à recontratação, que dê prioridade para esses trabalhadores que estão perdendo os postos de trabalho", finalizou.


O presidente do Sindicato, Sebastião José, pediu uma audiência urgente no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ). Sebastião lembra ainda que o número de demissões no transporte urbano de passageiros já chega a cerca de 20%. Porém, pior do que ele, estão os setores do transporte escolar, que já alcança a marca se 50%, e do de fretamento, com 70% de demissões.

O que dizem as empresas citadas


A Jabour esclareceu que o setor rodoviário vem sofrendo com o impacto da redução das tarifas e de passageiros nos últimos anos, "o que levou ao fechamento de várias empresas".

"Com o impacto da pandemia de Covid-19, a situação se agravou e obrigou a empresa a cortar custos e postos de trabalho. Além disso, as restrições ao transporte intermunicipal, visando ao isolamento social imposto pelas autoridades, reduziram ainda mais a capacidade financeira das empresas, deixando o setor em colapso", escreveu.


A Transporte Flores informou que o pagamento das rescisões está assegurado e será efetuado de forma parcelada em acordos individuais na Justiça. A medida, segundo a empresa, é necessária para que a empresa possa continuar prestando seus serviços em meio à crise econômica que atinge o setor, agravada pela pandemia.

Nos últimos cinco anos, 15 empresas de ônibus fecharam as portas no Rio de Janeiro, prejudicando um serviço tão essencial como o transporte de passageiros.




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