Metrópoles estrangeiras ampliam passeios durante pandemia
Divulgação: Revista Super Interessante. Foto da cidade de Buenos Aires, na Argentina
Buenos Aires, Milão, Barcelona, Londres e outras metrópoles investiram em extensões de calçada como aliadas para conter a disseminação do novo coronavírus. Com cones, balizadores e pinturas na via, transformaram vagas de estacionamento e pistas de veículos em espaços para pedestres, para garantir o distanciamento social.
Esse tipo de intervenção segue o chamado “urbanismo tático”, que vê a aplicação de projetos de forma rápida, barata e reversível, sem a necessidade de obra. Dessa forma, permite adaptações durante a experiência e dá embasamento para mudanças estruturais a médio prazo.
Londres, por exemplo, restringiu a circulação de veículos em vias, ampliou ciclovias e alargou as calçadas em mais de 60 pontos. Na capital argentina, por sua vez, uma medida anunciada em maio se voltou a cerca de cem ruas, que se tornaram total ou parcialmente restritas para pedestres. Em alguns locais, como no subúrbio de Boston, chegou-se até a indicar que os deslocamentos sigam o sentido dos carros, sendo inversos em cada lado da via, para facilitar o distanciamento.
“Há uma tendência das cidades perceberem esse desequilíbrio da distribuição de calçadas, resolvendo de forma rápida, tática. A emergência desse momento não exige fazer todas as etapas (de estudos)”, comenta Leticia Sabino, diretora da organização Sampapé.
Embora tenha atraído outras capitais sul-americanas, esse tipo de intervenção teve pouca difusão no Brasil. Uma das exceções é Curitiba, que aplicou no entorno do Mercado Municipal um sistema de circulação de pedestres e ciclistas como forma de controle ao coronavírus.
Na capital paulista, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) planeja a extensão de calçadas em ao menos quatro pontos de grande circulação: a Ladeira Porto Geral e a Rua Boa Vista, na região da 25 de Março, o Viaduto Pedroso, na Bela Vista, a Rua Oriente, no Brás, todos na zona central, e a Avenida Kumaki Aoki, no Jardim Helena, zona leste. Anteriores à pandemia, os programas Áreas Calmas e Travessia Segura também incluem intervenções.
Fonte: Estado de São Paulo
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