Como evitar o colapso do sistema de transporte público? Confira aqui alternativas que as grandes cidades brasileiras podem adotar
Neste período da pandemia, estamos observando a situação de algumas cidades brasileiras com relação do transporte público, com o isolamento social, ocorreu uma queda no número de usuários colocando em risco a situação financeira das empresas de transporte público. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, muitas linhas de ônibus deixaram de operar na metade do mês de março de 2020, quando iniciou as medidas de isolamento social, mesmo com a flexibilização adotada a partir do mês de junho, muitas linhas ainda não voltaram a circular. No caso dos trens da Supervia, a empresa que administra os trens urbanos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, houve uma queda no número de passageiros durante o isolamento social, após a flexibilização, a Supervia chegou a anunciar que só teria condições de manter sua operação até o final do mês de agosto, mas a empresa conseguiu negociar um acordo com a empresa de energia elétrica afastando do risco de colapso. No caso do Metrô, a situação ainda é muito delicada, nesta semana a empresa Metrô Rio anunciou a redução das operações dos trens do metrô para diminuir custos, a Metrô Rio está aguardando pelo socorro financeiro do Estado para evitar seu colapso.
Diante desse cenário de caos, existem alternativas que podem ser adotadas para evitar esse colapso. No caso das empresas de ônibus, quando uma empresa encerra suas atividades, a outra deve assumir as linhas da empresa extinta, mas para isso é necessário a compra de mais ônibus para atender as linhas da empresa extinta. Na Baixada Fluminense, por exemplo, quando a Transmil encerrou suas atividades, outras empresas da Baixada assumiram suas linhas comprando mais ônibus novos. A Viação Nossa Senhora da Penha do município de Mesquita, quando assumiu duas linhas da Transmil, comprou mais ônibus na época aumentando a quantidade de veículos na empresa. A grande falha é que algumas empresas quando assume linhas de empresas extintas, não compram veículos novos, apenas retiram os ônibus que já possuem deixando suas linhas existentes com poucos carros. Outra solução que poderia ser adotada nas grandes cidades é abrir uma licitação externa para que empresas de fora da cidade ou do Estado assuma o serviço de transporte público, essa medida poderia ser adotada quando grande parte da empresa existente não tem condições de assumir o serviço das que foram extintas. A última alternativa que poderia ser adotada nas grandes cidades é o incentivo a concorrência entre as empresas de transporte público permitindo que haja sempre uma que possa oferecer um serviço de melhor qualidade eliminando as empresas mais fracas.
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