São Paulo-SP. Metrô habilita chinesa BYD para fornecer trens do monotrilho da Linha 17

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O Consórcio Signalling, que ofereceu a melhor proposta na Licitação Internacional da Linha 17-Ouro, realizada no dia 07 de outubro de 2019, foi inabilitado pela Companhia do Metrô de SP após análise das propostas e documentos. Relembre: Primeira mão: Consórcio Signalling oferece menor preço para fornecimento de trens em licitação da Linha 17-Ouro

O Consórcio é composto por duas empresas nacionais – Ttrans e Bom Sinal – e uma empresa suíça, a Molinari.

O único habilitado foi o Consórcio BYD SKYRAIL São Paulo, formado pelas chinesas BYD do Brasil Ltda; BYD Auto Industry Company Limited e BYD Signal & Communication Company Limited.

Além dos trens, a licitação engloba o fornecimento do sistema de sinalização, controle de trens e portas de plataforma.

Segundo a Companhia do Metrô, o processo administrativo encontra-se franqueado para vistas, a partir de segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020, na Rua Boa Vista, 175, 3º Andar.

A publicação está no Diário Oficial do Estado deste sábado, 1º de fevereiro de 2020.

Cabe recurso administrativo.

O proprietário da empresa T’Trans, Sidnei Piva de Jesus, que integra o Consórcio Signalling, havia informado em 18 de dezembro de 2019 ao Diário do Transporte que conseguira a garantia financeira para o projeto da Linha 17-Ouro.

Itapemirim é palco de disputa entre sócios
Sidnei Piva é o atual diretor-presidente das empresas do Grupo da Viação Itapemirim. A empresa de ônibus foi fundada em 1946 por Camilo Cola e está em recupração judicial desde março de 2016. Em dezembro de 2016, as companhias do grupo passaram a ser contradas por novos sócios, entre os quais, Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia. Camilo Cola alega que foi vítima de um “golpe” e que sua intenção não foi vender a empresa.
Sidnei controla a Itapemirim após decisão da justiça de São Paulo em dezembro de 2019 que destituiu da direção a sócia Camila de Souza Valdívia, após denúncias de má gestão e supostas fraudes.
Piva e Camila estão em rota de colisão e travam na justiça uma verdadeira queda de braços pela Itapemirim.
Postagens em redes sociais e aplicativos de mensagens por admiradores da empresa,que já foi a maior do setor rodoviário, funcionários e ex-funcionários acabam fomentando ainda mais esta disputa.
LINHA 17-OURO
O vencedor do certame será o responsável por fornecer 14 trens para a linha 17-Ouro do monotrilho.
A concorrência engloba também a instalação de portas de plataforma nas oito estações da linha e os equipamentos para o sistema de alimentação elétrica, aparelhos de mudança de via e de manutenção dos trens.
É a última etapa para a conclusão da linha que deveria ter sido entregue em 2014.
Já as obras de conclusão das estações do monotrilho, conforme divulgado pela Companhia de Metrô de São Paulo no dia 11 de setembro de 2019, serão assumidas pela Constran Internacional Construções S.A., como mostrou o Diário do Transporte, relembre: Metrô seleciona Constran para concluir obras de estações do monotrilho da linha 17 Ouro
O contrato envolve as obras civis remanescentes, acabamento, paisagismo, comunicação visual, instalações hidráulicas, implantação de ciclovia, recapeamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho e fabricação e lançamento das vigas que vão sustentar os trens leves que circulam com pneus.
FALÊNCIA DA SCOMI
O Metrô de São Paulo havia informado no dia 11 de julho de 2019 que a licitação internacional seria para a compra de 14 trens e dos sistemas de sinalização para a linha 17-Ouro do monotrilho. Relembre: Metrô lança licitação para compra de trens, portas de plataforma e sistemas do monotrilho da Linha 17-Ouro
A Scomi, empresa da Malásia que iria fabricar as composições, entrou em processo de falência.
A concorrência engloba também a instalação de portas de plataforma nas oito estações da linha e os equipamentos para o sistema de alimentação elétrica, aparelhos de mudança de via e de manutenção dos trens.
Em nota, o Metrô explicou que o novo contrato vai substituir a contratação do Consórcio Monotrilho Integração (CMI).
Essa nova contratação vai substituir o Consórcio Monotrilho Integração (CMI), cujo acordo foi rescindido este ano pela atual gestão do Metrô, após constantes atrasos e redução no ritmo dos trabalhos pelo consórcio. Os problemas também levaram a aplicação de multas no valor de R$ 88 milhões, além da suspensão das empresas integrantes do consórcio de novas licitações e contratos com a administração estadual de São Paulo pelo período de dois anos.
A OBRA
A linha 17 Ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi. O valor orçado em junho de 2010 era de R$ 2,64 bilhões, sem valores futuros referente aos reajustes contratuais, aditivos e novas contratações necessárias para implantação dos empreendimentos.
O custo então passou para R$ 3,17 bilhões – cifra que não inclui as estações previstas no primeiro trecho, com extensão de 7,7 quilômetros.
Em junho de 2018, o valor para conclusão das obras foi projetado em R$ 3.74 bilhões, com previsão para a entrega de oito estações até dezembro de 2019, o que pode ser reformulado com a eventual saída da Scomi.
O monotrilho não deve num primeiro momento servir as regiões mais periféricas.  Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão com as obras congeladas.
Com este congelamento, não haverá as conexões prometidas com a linha 4 Amarela do Metrô na estação São Paulo – Morumbi, e nem com estação Jabaquara e da Linha 1 Azul do Metrô e Terminal Metropolitano de Ônibus e Trólebus Jabaquara, do Corredor ABD. Segundo o site do próprio Metrô, quando estiver totalmente pronto, este sistema de monotrilho atenderá 417,5 mil passageiros por dia.
Alexandre Pelegi e Adamo Bazani, jornalistas especializados em transportes

Com informações: Diário do Transporte

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