Niterói-RJ. BHS da Transoceânica opera com metade da frota e cria gargalo no rush

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Foto: O Globo
Inaugurado há oito meses, o sistema BHS da Transoceânica ainda funciona aquém do que foi planejado, com metade da sua capacidade. Quarenta e três veículos atendem às três linhas do sistema — Oceânica 1 (Piratininga x Centro), Oceânica 2 (Itaipu x Centro) e Oceânica 3 (Itaipu x Centro, via Engenho do Mato) —, enquanto outras seis transitam entre os carros na Estrada Francisco da Cruz Nunes. A quantidade reduzida de ônibus no corredor exclusivo tem criado gargalos no rush da manhã: o tempo de espera dos passageiros pela condução é quase o mesmo que eles levam para fazer a viagem da Região Oceânica a Charitas. Além disso, eles enfrentam carros cheios e falhas nos painéis inteligentes instalados nas estações.
Um novo edital para a compra de 40 ônibus elétricos será lançado ainda este mês pela prefeitura, que pretende ampliar a capacidade do BHS com a inclusão no sistema das linhas 38A (Itaipu x Centro, via Largo da Batalha), 39A (Piratininga x Centro, via Largo da Batalha); 46 (Várzea das Moças x Centro, via Largo da Batalha e Praia de Icaraí), 52 (Baldeador x Itaipu, via Largo da Batalha), 54 (Sapê x Piratininga) e 55A (Várzea X Piratininga).
O município não apresentou cronograma para a implantação dessa fase. No primeiro pregão para a aquisição dos veículos, realizado em 2018, as propostas apresentadas pelos fornecedores superaram o limite estabelecido no edital, e o processo foi suspenso. Agora, a prefeitura diz que concluirá o projeto do BHS.
DEMORA E LOTAÇÃO
Na última quarta-feira, a equipe de reportagem do GLOBO-Niterói embarcou na linha Oceânica 2, às 8h20m, no terminal do Engenho do Mato. A espera pela condução durou 23 minutos, apenas dois a menos do que os 25 que duraram todo o trajeto até Charitas. O coletivo já chegou lotado no corredor exclusivo e foi assim até o ponto final na Zona Sul.
— Todo dia no período da manhã é isso. Os intervalos entre os ônibus são sempre muito longos, o que faz com que eles sempre fiquem cheios — conta a técnica em enfermagem Cláudia Feliciano. — O tempo de espera, às vezes, é maior do que o da viagem. Depois que a gente entra no ônibus é até rápido, porque não tem engarrafamento.
Usuários também reclamam que as informações contidas nos painéis digitais instalados nas estações muitas vezes estão desencontradas. Na quarta-feira, a tela da estação Maravista dizia que o ônibus da linha Oceânica 2 passaria dois minutos depois da hora em que ele realmente passou. Passageiros contam que o problema é recorrente e que o contrário também acontece.
— Pouquíssimas vezes, quando os painéis estão funcionando, eles mostram o horário correto dos ônibus. Eu sempre reparo porque acho esse equipamento muito útil para nos programarmos, mas nunca podemos contar com o que está mostrando aí — diz o estudante Nicolas Nascimento.
Quarta-feira, das 11 estações que têm o painel indicativo com o mapa e os horários dos ônibus, quatro não estavam funcionando: Boa Vista, Piratininga, Lagoa de Piratininga e Cafubá. A prefeitura afirma que fez manutenção nos painéis e que o funcionamento das telas foi normalizado.
Ainda segundo o município, a integração dos 43 novos ônibus elétricos ao BHS e o alargamento da Avenida Marquês do Paraná — para facilitar o acesso dos ônibus que saem do corredor exclusivo em Charitas e seguem para o Centro — reduzirão o intervalo das linhas que migrarão para o sistema e também das três já existentes. O projeto prevê, depois de totalmente concluído, que apenas ônibus intermunicipais transitem na mesma pista dos carros na Estrada Francisco da Cruz Nunes.
Com informações: O Globo

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