CMTC tenta atrair turistas para ônibus de Goiânia

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Comum em diversas cidades de todo o mundo, só a partir de agora Goiânia terá um folheto com informações básicas a respeito do transporte coletivo da região metropolitana, indicando os principais locais do chamado Centro Expandido e as linhas que passam pelos eixos. Segundo a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), estas informações estão bem distribuídas pela internet e pelo aplicativo SIMRmtc, mas que faltava ao usuário um modo de ter alguns aspectos de modo rápido e fácil, especialmente para quem está na cidade como visitante e não conhece o sistema metropolitano.
Presidente da CMTC, Benjamin Kennedy Machado revela que a ideia surgiu da última vez que esteve em São Paulo e foi atrás de um folheto para saber como estava o funcionamento do transporte público na capital paulista. “Aqui em Goiânia eu ando de transporte coletivo e quando viajo também faço isso e então sempre procuro esses folhetos com os mapas e as informações para saber como me locomover. Não tínhamos isso em Goiânia e queremos auxiliar quem vem para cá e não conhece a cidade direito”, diz.
A princípio, o folheto a ser oferecido a partir desta terça-feira (3) será focado em pontos turísticos e de interesse ao turista que vem à capital para negócios e compras. Com isso, a CMTC fez parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Goiás (ABIH), que desenvolveu projeto centralizado em locais de maior interesse. Em outras cidades, é oferecido um mapa de toda a extensão do município, informação sobre as linhas de transporte e os diferentes modais, além de método de pagamento, terminais e textos sobre os locais mais emblemáticos.
O folheto da CMTC com a ABIH tem a marcação de 20 pontos específicos, todos nas regiões Central e Sul, abrangendo bairros como Aeroporto, Centro, Leste Universitário, Oeste, Sul, Bueno, Marista, Pedro Ludovico e Jardim Goiás. Para o turismo de compras, por exemplo, foi contemplado o Polo da Moda da Rua 44 e os shoppings Flamboyant e Passeio das Águas, ficando de fora, neste primeiro projeto, os demais shoppings e regiões como a Avenida 24 de Outubro, em Campinas.
Há também a indicação de alguns hospitais, levando em consideração a força econômica da cidade na vinda de pessoas para tratamentos de saúde, e também de estádios de futebol, como o Serra Dourada, Olímpico e Hailé Pinheiro (Serrinha). Além disso, o folheto indica pontos turísticos municipais, como Mutirama, Zoológico e parques, e o Centro de Convenções. “Vamos divulgar nos hotéis e na rodoviária, informar sobre os deslocamentos e como pode ser feito o pagamento, ter o Cartão Fácil.”
Ele lembra que o sistema metropolitano permite que os motoristas recebam o pagamento em dinheiro dos passageiros, mesmo sem possuir os cartões próprios do sistema. “Nos terminais pode ser pago com cartões de crédito ou débito. Isso vai ser assim até julho do ano que vem, quando vamos implementar o novo sistema em que o pagamento com cartões vai poder ocorrer mesmo dentro dos ônibus.” Presidente da ABIH, Vanessa Pires Morales reforça que o projeto é pensado nos turistas que chegam de ônibus ou avião e para ilustrar os espaços que mais interessam aos visitantes.
“Vamos divulgar em 36 hotéis associados da ABIH e escolhemos aqueles que têm o perfil de receber eventos e congressos. A gente vai testar, mas o sucesso depende também o engajamento dos hotéis e dos funcionários. Muitas vezes os folhetos ficam nas recepções e não há o interesse em mostrar para os turistas, vai depender disso.” Ele conta que o setor tem investido na preparação dos trabalhadores para que se tenha o incentivo aos turistas. O projeto Conheça Goiânia, por exemplo, é feito para que os recepcionistas dos hotéis tenham informações sobre pontos de interesse na cidade para que os mesmos sejam indicados para os hóspedes.

Setor aposta nos modos alternativos

A presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Goiás (ABIH), Vanessa Pires Morales, acredita que o sistema de transporte por demanda em Goiânia, que é um serviço complementar da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC), o CityBus 2.0 deve ser o mais utilizado pelos turistas na capital. “Achei bacana porque usa o aplicativo e muitas pessoas chegam em grupos para fazer compras na Rua 44 ou para participar de congressos ou eventos”, explica.
Vanessa conta que, atualmente, o custo do transporte é relevante na elaboração de um evento e, com a divulgação do serviço de transporte coletivo, será possível até mesmo competir com outras cidades para atrair novos acontecimentos em Goiânia. “Os grupos alugam uma van aqui e o custo disso varia entre 600 e 800 reais hoje em dia. Se forem usar o transporte por demanda, que teria o mesmo conforto que as vans alugadas, com ar-condicionado, vai ficar muito mais barato. Podemos convencer a fazer mais eventos aqui com isso, já que o custo seria menor.”
De acordo com o argumento da presidente, o transporte público tradicional na capital já possui seu público definido, que são os moradores, então pode ser que não aumente a demanda por ele. O folheto a ser divulgado a partir desta terça-feira já contém as informações sobre como utilizar o serviço complementar, além do tradicional. Além disso, há informações sobre o sistema de bicicletas compartilhadas na cidade, mas não sobre a locação de patinetes elétricos.
Com informações: RMTC Goiana

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