São Paulo-SP. Empresa espanhola vai retomar obras da Linha-6 Laranja do Metrô, e governo não especifica prazo de entrega

Trajeto da futura Linha 6 - Laranja — Foto: Reprodução/TV Globo

O governo de São Paulo informou nesta segunda-feira (11) que a empresa espanhola Acciona irá retomar as obras da Linha 6- Laranja do Metrô. A companhia comprou parte do consórcio Move SP, que era o responsável pela construção. As obras estão paradas há dois anos.

O traçado da linha vai da Brasilândia, na Zona Norte da cidade, até a estação São Joaquim, na região central. Ela será a responsável por fazer conexões com as linhas 1-Azul e 4-Amarela, do Metrô, e com a 7-Rubi e a 8-Diamante, da Companhai Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, as obras serão concluídas quatro anos após sua retomada. Porém, o secretário não informou quando elas serão retomadas.

“O prazo para a conclusão das 15 estações, que são um total de 15.3 quilômetros, e liga a Brasilândia até a São Joaquim, deve ser concluída em até 4 anos de sua retomada”, disse.

Linha parada

A novela da linha 6-Laranja começou há mais de uma década. As obras, no entanto, só tiveram início em 2015. Um ano depois, o consórcio responsável alegou que não poderia dar continuidade por falta de dinheiro. Em dezembro do ano passado, o contrato com o governo caducou. Desde então, o projeto não avançou.


O secretário Baldy explicou, à época do anúncio da caducidade, que a interrupção das obras se deu pelo envolvimento de empresas do consórcio responsável na operação Lava Jato, que desvendou esquema bilionário de lavagem de dinheiro e pagamentos de propina.

“As empresas que estavam comandando o Consórcio Move São Paulo são empresas que sofreram oriundas da operação Lava Jato. E a falta de capacidade, seja por motivo de avaliação de rating, [seja por motivo de] crédito, que o BNDES durante esse período não conseguiu estabelecer os empréstimos de longo prazo que eram necessários”, disse.

“Todas essas condições que eram imprevisíveis acabaram culminando na paralisação da linha 6. Todas as concorrências que desejamos realizar são internacionais, para que a gente possibilite que empresas, sejam para investir, sejam para construir, possam participar de qualquer parte do mundo, de modo transparente, claro, para que a gente consiga viabilizar. A linha 6 é nossa prioridade”, completou.

Com informações: G1 SP


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