Obras do BRT em Campinas seguem fora de compasso: avançadas e atrasadas ao mesmo tempo
As obras dos corredores BRT em Campinas continuam caminhando em descompasso com os interesses da população, que é quem realmente vai utilizar o serviço quando tudo começar a funcionar. Enquanto há trechos super avançados da obra, outros seguem parados e até com mato crescendo nos canteiros de obras.
A prefeitura parece ter priorizado apenas as faixas de rolagem para que os motoristas não fiquem reclamando das interdições, mas paralelamente a isso, rachaduras apareceram em vários trechos da obra, exigindo que houvesse uma demolição precoce e a reconstrução das partes concretadas. Já as estações estão avançadas em certos trechos, e cheias de mato em outros.
O ODC publicou em matéria recente a intenção da prefeitura em relação à montagem precoce das estações: fazer marketing. Parece que essa estratégia tem dado certo pois nos pontos onde há estrutura erguida a população parece ver que as obras estão andando de forma mais rápida, enquanto em outros a impressão que fica é que tudo está paralisado.
Um lugar onde as obras parecem terem sido retomadas de vez é na Rodoviária, onde existirão duas estações BRT e uma de linhas alimentadoras. O local ficou com as obras paradas por mais de um ano e com a ponte estaiada finalizada (porém atrasada), as imediações estão com obras aceleradas. O novo viaduto era para ter sido inaugurado há dois meses, mas resolveram adiar para o ano que vem, junto com todo o complexo do entorno.
O que preocupa é a lentidão das obras em pontos críticos, onde há necessidade de severa intervenção no trânsito, como no cruzamento das Avenidas Transamazônica e John Boyd Dunlop. O ponto é um gargalo histórico e deverá receber uma trincheira, onde a Transamazônica passará ‘por cima’ da John Boyd, eliminando de forma definitiva o cruzamento, porém até o momento apenas as 12 vigas da obra estão prontas. Definitivamente, o local deverá ser fechado para a efetivação das obras.
Com cerca de 250 dias para as obras serem finalizadas, há trechos muito atrasados e que geram dúvidas na população sobre o cumprimento efetivo do prazo dado pela prefeitura. Enquanto isso, o ODC continua fazendo a contagem de acordo com o que foi prometido pela prefeitura: inauguração em 30 de junho de 2020.
Com informações: Olhar da Cidade
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