Crise: 90 rodoviários são demitidos em Niterói
Foto: Marcelo Feitosa |
O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) denunciou que 90 rodoviários da Autolotação Ingá - que opera linhas de ônibus que fazem a ligação entre as zonas Sul e Norte de Niterói com o Centro da cidade e com o Rio - foram demitidos nesta semana. Ao cobrar explicações, a empresa informou ao Sintronac que o corte na folha de pagamento se dá devido à crise econômica que o Brasil enfrenta. Somente neste ano, 115 funcionários da Ingá foram dispensados, segundo o sindicato, o que representa uma redução de aproximadamente 11% do seu quadro funcional.
A diretoria do Sintronac disse que está acompanhando o processo de demissões, para que os trabalhadores recebam todos seus direitos indenizatórios, e está negociando para que eles retornem a seus empregos, caso a empresa apresente uma recuperação financeira.
“Neste momento, a crise se agravou, tendo a empresa que, infelizmente, diminuir todos os seus custos e a manutenção de todos os postos de trabalho restou impossível”, diz o ofício da Ingá para o Sintronac.
Em 2019, somente até julho, o Sintronac registrou 1.212 demissões de 12 empresas, de acordo com dados do Departamento Jurídico do sindicato. Ano passado, foram 2.651 dispensas, sendo 1.337 até julho. A Ingá apresentou um total de 181 demissões em todo 2018, segundo os índices apresentados pelo sindicato.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj) a difícil situação econômica vivida pelo setor, com contínua perda de passageiros e aumento dos insumos, e para manter o equilíbrio financeiro da empresa, a Auto Lotação Ingá se viu obrigada a dispensar pouco menos de 90 funcionários esse mês. No entanto, o atendimento operacional das linhas se manterá, sem nenhum impacto na frota, nas linhas ou no intervalo dos ônibus. E ainda, as obrigações trabalhistas serão todas honradas pela empresa, na demissão desses funcionários.
Com informações: O Fluminense
Coincidência ou não, os carros da Ingá estão quase todos rodando com a cadeiras do cobrador vazias, com as cobranças sendo feitas pelos motoristas.
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