Rio de Janeiro-RJ. Crivella volta a criticar contrato com concessionária do VLT e fala em nova licitação

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O prefeito Marcelo Crivella voltou a defender, neste sábado, uma nova licitação para a concessão do VLT. Ele reclamou mais uma vez do contrato em vigor que, segundo ele, foi calculado com bases irreais da quantidade de passageiros. Na última quinta-feira, a concessionária VLT Carioca pediu a rescisão do contrato atual na Justiça, alegando uma dívida de R$ 150 milhões da prefeitura.
A expectativa era que para este ano fossem 260 mil passageiros por dia. Mas, de acordo com o prefeito, a média é de 60 mil. No contrato, assinado em 2013, durante a gestão do ex-prefeito Eduardo Paes, e com validade de 25 anos, a prefeitura ficou obrigada a arcar com o prejuízo da operação do sistema.
- Eu gostaria muito disto, que eles falaram, que é o rompimento do contrato do VLT, e estou pronto para fazer isto porque esse contrato foi feito sob premissas irreais. Para se ter uma ideia, eles previam que nós teríamos agora 260 mil passageiros por dia, e que a prefeitura, se não tivesse isso, teria que garantir pelo menos 85% disso, o equivalente a 220 mil - disse o prefeito.
De acordo com a Coluna do Ancelmo , há uma articulação nos trilhos que levaria a gigante CCR (que tem, entre seus sócios, as empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez), dona de 25% do VLT, a comprar a parte dos demais sócios: Mitsui, Fetranspor e Invepar.
O prefeito não especificou se o novo contrato poderia ser feito com a CCR, que já detém 25% do atual contrato atual, ou se seria com um novo grupo. Entretanto, ele ressaltou que as exigências precisam ser mais próximas do número real de passageiros que, segundo ele, hoje é em torno de 60 mil por dia.
Na última quarta-feira, a empresa VLT Carioca pediu à Justiça a rescisão do contrato de concessão do bondinho firmado com a prefeitura. De acordo com a companhia, o motivo do pedido é uma dívida da prefeitura com a empresa de mais de R$ 150 milhões.
- É melhor uma nova concessão, aliás, a indenização que nós temos que fazer a eles não é tão grande, porque o empréstimo que eles fizeram no BNDES, para fazer as obras, é pago pela Prefeitura. Todo mês nos pagamos o empréstimo que eles fizeram no BNDES, de maneira que a nossa dívida é por conta de atraso em alguns pagamentos mas não é tão grande - afirmou Crivella, na posse de Luiz Carlos Ramos para a presidência regional do PMN, na Tijuca.
Uma outra questão sobre o tema é a retirada de linhas de ônibus no Centro, para a entrada da Linha 3 do VLT. Segundo Crivella, há expectativa de redução.
- Acho que a gente pode tirar muitas linhas do Centro, não todas. O grande problema hoje é que eu não consigo sair de 60 mil passageiros por dia. Outra coisa é que a demanda sobe. São 260 mil neste ano, 290 mil no ano que vem e, depois, 400 mil. não há como. O cálculo não foi bem feito, portanto, indenizar os investidores e fazer uma nova licitação adequada a realidade é o melhor a se fazer.
Fonte: O Globo

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