Rio de Janeiro-RJ. BRT Transbrasil começará a operar como corredor de BRS para ônibus
Foto: Brenno Carvalho/O Globo |
Planejado para ser o quarto BRT da cidade, o Transbrasil, que vai ligar Deodoro à Central do Brasil com ônibus articulados, deve ser inaugurado, em dezembro, mas não da forma como estava prevista. Os 39 quilômetros do sistema vão funcionar como BRS, por onde vão circular ônibus tradicionais. A ideia é que esse modelo seja temporário, e que as vias sejam readaptadas, em agosto de 2020, para operar como prevê o projeto original. A mudança de rumo aconteceu porque a prefeitura, que começou na sexta-feira a instalar a estrutura de um viaduto que ligará a Avenida Brasil à Avenida Rio de Janeiro, decidiu esperar pela conclusão das obras de dois terminais de integração para linhas intermunicipais, nos trevos das Margaridas (BR-016) e das Missões (BR-040). Os dois não estavam na licitação de 2014.
— Quando o contrato de obras foi assinado no governo passado, os dois terminais, que vão custar R$ 100 milhões, não foram previstos. O contrato cobria apenas a construção do terminal de Deodoro, que vai operar integrado com o BRT Transolímpico (que se interliga com o corredor Transoeste, no Recreio). Por restrições de orçamento, só teremos recursos para iniciar essas obras em janeiro de 2020 — diz o secretário municipal de Infraestrutura, Urbanismo e Habitação, Sebastião Bruno.
Segundo ele, o adiamento possibilitará que, quando o BRT começar a funcionar, tenha uma melhor integração com ônibus intermunicipais:
— Com isso, teremos tempo também para concluir com o governo do estado um plano para reordenar as linhas intermunicipais, que hoje vão até o Centro e passarão a parar nesses terminais para que os passageiros façam a integração com o Transbrasil.
A decisão de iniciar a operação do Transbrasil como BRS criou problemas técnicos: as 19 estações do projeto foram planejadas para operar com ônibus articulados, que, ao contrário dos comuns, têm acesso por plataformas elevadas e portas apenas do lado esquerdo. A prefeitura estuda agora como se dará a entrada dos passageiros se forem usados coletivos tradicionais, já que frota atual de articulados não seria suficiente para operar na via. Uma das alternativas, segundo fontes do município, seria que os coletivos comuns trafegassem em mão inglesa (no sentido oposto ao resto do tráfego). Com isso, o embarque dos passageiros seria na própria via exclusiva, em áreas demarcadas ao lado das novas estações do BRT.
Fonte: O Globo
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