Preço do bilhete aéreo sobe o dobro do rodoviário

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Com a redução dos voos da Avianca , que entrou em processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado, e o aumento no preço no combustível de aviação, os preços das passagens aéreas vêm subindo em ritmo acelerado. De acordo com o IPCA , do IBGE , no período de 12 meses encerrado em maio, o valor dos bilhetes acumula alta de 23,85%. O incremento é mais que o dobro do verificado nas passagens de ônibus interestaduais, que subiram 9,51% no mesmo intervalo de tempo. Ontem mesmo, a Gol anunciou que elevará as tarifas.
— Há uma migração do avião para o ônibus. Tem a questão do preço, e o setor (rodoviário) vem investindo em promoções. Há trechos que saem a R$ 49, o preço da bagagem do avião — diz Fernando Prado, presidente da ClickBus, plataforma de vendas de passagens de ônibus.
Segundo ele, é possível notar a migração de um modal para o outro pela familiarização com a internet:
— Notamos que muitas pessoas são clientes de empresas áreas, pois elas já estão familiarizadas com a compra pela internet, pois o tempo de compra no site é rápido. O interessante é que as empresas de ônibus conseguem se adequar rapidamente à demanda, pois aumentam o número de viagens conforme a procura.
Prado ressalta que o brasileiro, cada vez mais, compra pela internet. Houve aumento de 60% das vendas de passagem de ônibus por esse canal nos primeiros cinco meses do ano. As vendas on-line representam cerca de 10% do total. Segundo o presidente da ClickBus, a demanda este ano está maior que a estimativa, que apontava avanço de 50%. Ele destaca a previsão de venda de 700 mil passagens para o feriado de Corpus Christi, alta de 80% ante o ano passado.
Na capital fluminense, a Rodoviária do Rio (antiga Novo Rio) comprova a procura maior. Para o feriado prolongado, as empresas colocaram mais de 1.800 ônibus extras para atender à demanda. A previsão é que, até domingo, cerca de 230 mil passageiros usem o terminal.
— Tivemos aumento de 16% no número de passageiros embarcados no trecho Rio-São Paulo entre os meses de maio e junho deste ano em relação ao mesmo período de 2018. As demais linhas interestaduais também registraram aumento, da ordem de 8%, o que pode ser um reflexo da alta das tarifas aéreas e da saída da Avianca do mercado — explica Beatriz Lima, porta-voz da Rodoviária do Rio.
Os consumidores que tiveram que reduzir o seu orçamento não deixaram de viajar, mas têm procurado por outros meios de transporte.
— Até antes da crise, havíamos tido um aumento considerável de brasileiros, principalmente das classes C e D, usando o avião. Como o aumento do combustível das aeronaves está relacionado à alta da moeda americana, isso reflete no preço das passagens. Com a perda do poder de compra, os consumidores que tinham se acostumado a viajar antes da crise não deixaram de viajar, mas têm buscado outras alternativas — explica Eduardo França, coordenador do MBA em Estratégias e Ciências do Consumo da ESPM Rio.
Fonte: O Globo

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