Fortaleza deve criar projeto-piloto de ônibus elétrico

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Fortaleza se prepara para receber, até o final de 2020, o projeto-piloto de transporte público movido a eletricidade. O anúncio foi feito na manhã de ontem, pelo prefeito Roberto Cláudio (PDT), durante o Mobilize Summit, evento que reúne especialistas em mobilidade de 48 cidades e 21 países para discutir meios de transportes sustentáveis. O seminário segue até amanhã, 26, no Hotel Gran Mareiro, Praia do Futuro.

"Nós devemos começar com um projeto piloto. Isso trabalha uma dimensão importante no desenvolvimento da Cidade, a dimensão ambiental na redução da emissão de carbono. Bogotá é uma cidade que, na América Latina inteira, vai começar com um projeto de eletrificação de frota", avisa o prefeito. Roberto Cláudio recebeu, durante a abertura do evento, o troféu do prêmio Sustainable Transport Award (STA, na sigla em inglês Prêmio Transporte Sustentável), uma competição mundial de projetos e intervenções que visa promover mobilidade urbana de forma sustentável e inclusiva.

Durante a cerimônia, Fortaleza foi escolhida para receber o STA pelos projetos de sustentabilidade no deslocamento urbano, por melhorar a mobilidade em geral da população, redução de gases do efeito estufa e melhoria da segurança e infraestrutura para ciclistas e pedestres. "De fato, é um reconhecimento a nossa cidade. A Prefeitura tem um papel fundamental nisso porque foi quem criou, mas é uma conquista coletiva", avaliou o gestor.

O ônibus elétrico traria uma série de vantagens, avalia o prefeito. A primeira é a possível facilidade no financiamento por parceiros interessados em projetos de infraestrutura e tecnologias para combater o aquecimento global, como o Banco Mundial e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Outra vantagem é a economia no abastecimento. A energia elétrica custa menos do que o diesel: em média, o valor pode chegar a ser 64% menor do que o de um tanque que consome óleo.

Os motores elétricos apresentam maior rendimento do que os movidos a combustão. A economia pode ser ainda mais significativa em casos de recarga de bateria por meio da energia solar. Acrescente ainda que os veículos movidos a eletricidade apresentam menor custo de manutenção que motores a combustão.

Outra vantagem é a longevidade. Veículos a diesel possuem vida útil de até dez anos. Ao passo que ônibus elétricos podem ser utilizados por até quinze anos, tudo isso com custo operacional de manutenção 15% menor do que os convencionais. Existe ainda a vantagem do incentivo à produção local, com três fabricantes de ônibus elétricos nacionais ou híbridos: a Eletra, nacional; a BYD, da China; e a Volvo, da Alemanha.

Os participantes do encontro visitaram, na tarde de ontem, alguns pontos da Capital que tiveram a mobilidade transformada: ciclofaixas na Praia de Iracema e os passeios ampliados nas vias, na rua Pessoa Anta.

Histórico

Trólebus já circularam em Fortaleza entre 1967 e 1971. Em 1983, a gestão César Cals tentou reativar o sistema, mas o projeto foi arquivado dois anos depois.

Fonte: O Povo

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