Rio de Janeiro-RJ. Entenda a crise do sistema rodoviário

Imagem relacionada
Garagem da Empresa Estrela Azul que encerrou suas atividades este ano. Foto: Márcio Alves
O episódio da crise do sistema rodoviário no Rio de Janeiro vem ganhando proporções alarmantes. O fechamento de 14 empresas rodoviárias complicou mais o funcionamento do serviço de ônibus na cidade. A situação se repete também em algumas cidades da Baixada Fluminense, algumas empresas não estão estão prestando serviços de qualidade e algumas linhas deixaram de operar. 
Mesmo quando uma nova empresa assume as linhas das empresas que encerraram suas atividades, nem todas são reativadas, um dos motivos é a falta de ônibus para atender determinadas linhas. A empresa Transmil, por exemplo, antes de encerrar suas atividades, suspendeu a operação da linha 133B Central x Nova Iguaçu (Via Deodoro), quando a Viação Nossa Senhora da Penha assumiu algumas linhas da Transmil, a linha foi reativada. 
No sistema BRT, a situação é semelhante. Com o fechamento das empresas Santa Maria, Translitoral  e Litoral Rio, o serviço ficou prejudicado com a falta de ônibus para atender o sistema, além disso, os calotes não param. O mais agravante também está na falta de concorrência no transporte rodoviário, a solução para o Rio de Janeiro seria a abertura de licitação para que empresas externas pudessem operar na Capital e na Baixada Fluminense. Hoje ficaria inviável para o Estado e o Município do Rio de Janeiro assumirem a administração do transporte público rodoviário devido as dificuldades financeiras. Na década de 1980, quando algumas empresas privadas estavam em crise, Leonel Brizola (na época Governador do Estado), decidiu encampar 16 empresas privadas de ônibus que enfrentavam dificuldades financeiras e administrativas. A encampação teve inicio em dezembro de 1986 e encerrou em janeiro de 1988, no Governo Moreira Franco. O projeto de encampação não foi adiante devido aos déficits financeiros com o aumento dos gastos públicos. 
Hoje o que resta para melhorar a situação do transporte público rodoviário, seria a abertura da concorrência externa e  internacional para que o serviço posso melhorar, até mesmo socorrer as empresas que estão enfrentando dificuldades financeiras, além disso, é preciso reativar linhas que estão inoperantes, oferecer demanda maior de linhas e horários que ainda sofrem com a falta de ônibus.    

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rio de Janeiro-RJ. A linha de ônibus mais longa da Zona Oeste. Confira aqui as 10 mais colocadas

Prefeitura de Niterói prorroga restrição de circulação com municípios vizinhos até 20 de maio

Estado reserva R$ 20 mi para Linha 20-Rosa - Diário do Grande ABC