Rio de Janeiro-RJ. Prefeitura do Rio tira beiral entre estação e ônibus BRT para tentar reduzir calotes


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A Prefeitura do Rio, através da comissão de intervenção do BRT, resolveu tirar o beiral entre a estação Mato Alto e os ônibus articulados, com a intenção de acabar com os calotes. 

Com isso, o ônibus para distante da plataforma. No entanto, ficou um vão entre o ônibus e a estação que alguns passageiros consideram perigoso, porque alguém pode cair no espaço.

De acordo com as empresas de ônibus que fazem parte do BRT, "medidas como corte do beiral das estações não resolvem o problema, geram gastos públicos desnecessários e podem colocar em risco a integridade dos usuários durante o embarque, visto que o vão entre a plataforma e o ônibus será triplicado".

A medida é um projeto piloto e a primeira estação a ser testada é a Mato Alto. Em seguida, a intervenção vai colocar a ideia em prática nas outras estações.

De acordo com o levantamento do interventor, o sistema BRT transporta 450 mil passageiros em seus três corredores. Destes, pelo menos 74 mil não pagam passagem diariamente.

Segundo a prefeitura, nesta primeira fase do projeto piloto será feita a demolição do beiral que liga a estação ao ônibus, onde fica parte dos caloteiros. É importante ressaltar que, nesta fase da obra, os passageiros estão utilizando temporariamente outra plataforma para embarque ou desembarque.

Em nota, a intervenção informou que uma das maiores ameaças à sustentabilidade do BRT é o alto índice de calotes no sistema, estimado em 74 mil pessoas por dia.

“A primeira fase do projeto piloto é a demolição do beiral que liga a estação ao ônibus, onde fica parte dos caloteiros. É importante ressaltar que, nesta fase da obra, os passageiros estão utilizando temporariamente outra plataforma para embarque ou desembarque”.

Os consórcios que integram o sistema BRT alegaram que a medida é um desrespeito aos passageiros.

“Essa atitude mostra mais uma vez o despreparo da equipe de intervenção em relação ao sistema BRT. Quase dois meses depois, nenhum plano ou prazo foi apresentado. As ações realizadas pela intervenção não passam de testes. É um desrespeito com a população. Uma ação extrema como a intervenção deveria vir acompanhada de planejamentos prévios e sólidos, visto que a prefeitura sempre teve acesso a todos os dados do BRT Rio. Usar um sistema que transporta quase 500 mil pessoas por dia como laboratório é, no mínimo, desrespeitoso com o cidadão”, diz a nota.

Informações são do G1

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