Em 2018, população do Rio registrou uma queixa ao serviço de ônibus a cada 30 minutos

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No início deste mês, quando a tarifa dos ônibus municipais subiu para R$ 4,05, o prefeito Marcelo Crivella rebateu as críticas ao transporte público, alegando que uma pesquisa de 2017, encomendada pela prefeitura, mostrava que os passageiros estavam satisfeitos. No entanto, dados da Ouvidoria da própria prefeitura — obtidos pelo GLOBO, via Lei de Acesso à Informação — mostram um cenário bem diferente do desenhado por Crivella. Em 2018, os cariocas registraram, em média, uma reclamação sobre o serviço a cada 30 minutos. Foram 18.475 denúncias, um aumento de 28% na comparação com o ano anterior. No caso de alguns problemas, como a má conservação dos coletivos e a falta de veículos em determinadas linhas, o número de queixas quase dobrou.


Segundo dados agrupados pela Ouvidoria, com base no decreto 36.343, de 2012, no ano passado as cinco denúncias com maior número de reclamações foram: má conservação da frota (4.616); falta de veículos (4.105); não parar no ponto (2.628); comportamento indevido do motorista (2.008); e retirada de linha de circulação (1.304). Esta última irregularidade foi a denúncia que mais cresceu em relação a 2017: 172%. 
No top dez das linhas e serviços com mais reclamações em 2018, dois BRTs ocupam as duas primeiras posições: o Transolímpico e o Transcarioca. 
Na terceira colocação, está a linha 422 (Grajaú-Cosme Vellho). De acordo com os usuários do 422 que procuraram a Ouvidoria, o mau ou não funcionamento do ar-condicionado é, de fato, o maior problema, com 110 reclamações.
As reclamações sobre a má conservação da frota aumentaram quase 84%, de 2017 para 2018. No mesmo período, a falta de ônibus em determinadas linhas teve um crescimento de 74%. 
Nos números enviados pela Ouvidoria, também há pedidos de usuários, como a criação de novas linhas, cujas solicitações dobraram (de 196 para 392), entre 2017 e 2018. Em nota, a Secretaria municipal de Transportes disse que, em 2018, aplicou 11.404 multas – em média, uma por hora — aos consórcios responsáveis pela operação do serviço. 
O Rio Ônibus (sindicato que representa as empresas) disse que, mesmo com as dificuldades econômicas que resultaram no fechamento de 14 empresas, centenas de novos ônibus com ar-condicionado foram entregues nos últimos meses.
Fonte: O Globo

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