São Paulo-SP. Prefeitura de SP impõe limite de recarga de R$ 43 em créditos de Bilhetes Únicos antigos para evitar fraudes

Passageiro usa o Bilhete Único para entrar em terminal de ônibus de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

A Prefeitura de São Paulo publicou uma portaria nesta quarta-feira (30) que autoriza o cancelamento de cartões de Bilhete Único em caso de fraude e impõe novos limites de recarga. A medida, que começa a valer na próxima sexta-feira (1º), é para tentar evitar a comercialização ilegal dos bilhetes nos terminais de ônibus, nas estações de Metrô e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Para evitar novas fraudes serão impostos limites de crédito para a recarga de alguns tipos de cartões. A medida será válida para os Bilhetes Únicos comuns, que não são personalizados, ou seja, que não possui dados pessoais, para o vale-transporte e cartão de estudante emitidos até 2013. Esses bilhetes serão recarregados com no máximo dez tarifas, isto é, R$ 43. Antes, o valor da recarga máxima era de R$ 350.

Os usuários que possuem atualmente mais de R$ 43 nos cartões citados emitidos até o ano de 2013 terão quatros meses para gastar créditos, pois após esse período os cartões serão rejeitados.

“Hoje o fraudador tem um limite de até R$ 350 para o cartão. Então se ele paga no mercado negro um cartão vazio por R$ 15 e ele completa com carga de até R$ 350, ele tem uma margem boa para negociar a venda desse cartão, para ter um lucro razoável. A partir do momento que você limita em R$ 43 não sobra margem de manobra para ele ter grandes lucros e também não sobra margem para quem tem um cartão desse grande economia”, afirmou o secretário municipal de Transportes, Edson Caram.

Já os usuários que possuem cartão personalizado ou que foram emitidos após 2013 não enfrentarão problemas para recarregar o valor máximo R$ 350.

No caso da constatação do uso fraudulento do Bilhete Único através da inserção ou uso de recargas irregulares ou ilícitas de créditos eletrônicos, a São Paulo Transportes (SPTrans) irá cancelar os cartões.

São consideradas recargas irregulares ou ilícitas de créditos eletrônicos as recargas que não são efetuadas na rede oficial credenciada ou postos autorizados da SPTrans.
Os fraudadores conseguem fabricar créditos para inserir nos bilhetes através de programas de computadores.

De acordo com o secretário municipal de Transportes, o objetivo da prefeitura agora é criar um sistema invulnerável para bloquear cartões com créditos fraudados assim que forem usados pela primeira vez.

Segundo o secretário, o usuário que tiver o cartão bloqueado por fraude deve comparecer ao posto da SPTrans, se identificar e autorizar que o cartão seja enviado para a perícia para descobrir se trata-se de um bilhete clonado ou legal.

“Se for um cartão legal, você vai receber seu dinheiro de volta e vai passar para um cartão novo e acabou. Se for um cartão fraudado, o bilhete é apreendido, você não terá reembolso do dinheiro e cartão será incinerado”, justificou.

Fonte: g1 SP
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