Após quatro anos, BRT ainda não foi construído e moradores de Palmas (TO) impactados esperam por indenizações

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Os moradores impactados pelo projeto Bus Rapid Transit (BRT), o corredor expresso de ônibus em Palmas, reclamam que tiveram prejuízos. Eles deixaram as suas casas, mas as obras para a construção do projeto nem começaram. Algumas famílias alegam que ainda não receberam as indenizações.
s casas dos moradores foram demolidas pela prefeitura. Parte dos impactados recebeu a indenização, mas alega que o dinheiro não foi suficiente para suprir com os custos que surgiram depois. O professor Jamir Lourenço se emociona ao lembrar das dificuldades que passou desde que teve que sair da casa própria.
"Até agora não temos nada. Temos dificuldades, fomos impactados, mudamos de residência, eu estou pagando aluguel porque quando eu mudar para minha casa, eu quero ter um socesso. A atual gestão até agora não nos procurou, não falou nada".
Em janeiro de 2014, o novo sistema de transporte público foi apresentado para a população de Palmas. As obras custariam cerca de R$ 450 milhões. A previsão era de que ele fosse implementado nos quatro anos seguintes. Mas em 2015, o Ministério Público Federal pediu na Justiça a suspensão da licitação das obras alegando que o transporte público rápido foi superdimensionado.
Em 2016, a Justiça Federal acatou o pedido, considerou todo o projeto ilegal e determinou o cancelamento da proposta de crédito feita pelo Ministério da Cidade.
Em março do ano passado, o Tribunal de Contas da União emitiu um relatório o qual apontou irregularidades no estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental. O Tribunal, então, recomendou ao Congresso Nacional que a obra fosse paralisada, mas ela não havia começado.
Em dezembro de 2017, o Congresso Nacional desbloqueou mais de R$ 227 milhões que haviam sido repassados pela União à Prefeitura de Palmas para a execução de parte do BRT. Apesar da decisão, a licitação para execução das obras continuou suspensa.
De lá para cá, houve apenas uma novidade em relação ao BRT. Em agosto desse ano, a prefeitura divulgou um decreto com a criação de uma comissão para colher e analisar informações sobre as obras, mas elas não saíram do papel.
"A prefeitura nunca cumpriu o que ela falou para a gente, a prefeitura nunca cumpriu com nada. Quando nós reclamamos das taxas que a gente ia pagar, água e energia que eu já tinha na minha casa eu tive que pagar para colocar na outra, o esgoto também. Sendo que tem família que nem esgoto conseguiu colocar", reclamou a professora Miriam Duarte.
Mesmo quem foi indenizado, afirma que a prefeitura, na hora de fazer o pagamento, fez abatimentos em valores abusivos, pegando a todos de surpresa. "Quando a gente foi fazer o acordo com eles, eles falaram que se a gente quisesse um lote melhor, teria que pagar uma diferença e essa diferença não era pouca. Para mim ficou R$ 11 mil. No dia que a gente foi fazer o acerto, eles descontaram mais R$ 5 mil de IPTU. São R$ 16 mil que poderíamos ter colocado na nossa casa", disse o autônomo João Carlo Correia.
E algumas pessoas que venderam o terreno para a prefeitura ainda não receberam o valor prometido, como a comerciante Lucilene Morais Brandão, que ia começar a construção da casa própria, quando recebeu uma proposta de mais de R$ 200 mil pelo terreno.
"Nem posso construir e nem recebo o dinheiro do terreno para constuir em outro lugar. E nem vi BRT passando aqui, só promessa. Agora acabou, está um silêncio, ninguém sabe de mais nada".
Fonte: g1 TO

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