Rio de Janeiro-RJ. Pacote para melhorar os ônibus precisa de fato ser implementado - Editorial

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Levou mais de um ano e meio para que o prefeito Marcelo Crivella e empresários de transporte chegassem finalmente a um acordo destinado a melhorar o malfadado sistema de ônibus da cidade, que atende diariamente cerca de quatro milhões de passageiros, mais do que metrô, trens, barcas e VLT somados.
Na sexta-feira, pouco mais de um mês após as tarifas terem sido reajustadas para R$ 3,95, a prefeitura anunciou um pacote de medidas para pôr o sistema na linha. Pelo acordo, a frota de sete mil veículos das 32 empresas será totalmente reformada até 2020 — último ano do governo Crivella. O município promete que os ônibus, hoje caindo aos pedaços, ganharão nova identidade visual e terão ar-condicionado, sinal de wi-fi e entradas USB em cada assento, para que passageiros acessem a internet ou carreguem os celulares.
Está previsto também que a gestão do bilhete eletrônico passará para a prefeitura, como ocorre em outras cidades, como São Paulo. Hoje, o município não tem qualquer controle sobre o número de passageiros transportados, já que o sistema é gerido pelas empresas. Esses dados são fundamentais para fixar as tarifas e planejar políticas para o setor.
Outra promessa é a criação de um aplicativo, o Rio. Ônibus, que visa a facilitar a vida dos usuários. A ideia é que eles possam consultar itinerários, acompanhar a localização dos ônibus pelo GPS e estimar o tempo de espera.
Pelo que foi informado, as empresas de ônibus contribuirão com R$ 700 mil por mês para o Fundo de Segurança Pública da prefeitura, o que permitirá ao município melhorar a vigilância nas estações de BRT, onde são frequentes os casos de calote e vandalismo. Foi criada inclusive a Coordenadoria de Combate à Evasão Tarifária, que ficará subordinada à Secretaria de Ordem Pública (Seop).
A prefeitura diz ainda que vai investir R$ 7 milhões para recuperar as faixas exclusivas do BRT na Zona Oeste, que hoje estão coalhadas de buracos e ondulações. Pelo plano, ganharão pavimento mais rígido. As obras também deverão ser em parte financiadas pelas empresas.
De fato, as medidas anunciadas são importantes para melhorar o serviço de ônibus do Rio. Mas espera-se que não fiquem só na promessa, como tantas outras. Nem a Olimpíada foi suficiente para alavancar o sistema. Em 2012, a prefeitura firmou com o Ministério Público um acordo para que toda a frota tivesse ar-condicionado até 2016. A tarifa inclusive foi reajustada com esse objetivo. Chegamos a 2018 e nem 50% são refrigerados. Prefeitura e empresas têm histórico de desrespeito ao contrato de concessão. Tomara que o destino desta viagem agora seja outro.
Fonte: O Globo

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