Rio de Janeiro-RJ. BRT anuncia que vai interromper o serviço em trecho do corredor Transoeste
O consórcio que administra o sistema BRT vai retirar todos os ônibus do corredor Transoeste, que custou R$ 100 milhões. O trecho conta com 22 estações e opera com 33 ônibus articulados. Toda a obra de construção do BRT custou R$ 800 milhões.
O BRT afirma que não há segurança e que a evasão de passageiros é grande, ou seja, muitos embarcam sem pagar a passagem e, por isso, não é possível continuar operando.
A informação foi divulgada com exclusividade pelo RJTV nesta quinta-feira (9). A decisão já foi comunicada ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e vai deixar cerca de atender a 30 mil pessoas já que a área atendida pelo corredor Transoeste é uma das regiões mais populosas da cidade.
Usuários relatam queixas
A área de Campo Grande, atendida pelo sistema, conta com 328 mil moradores, de acordo com o censo de 2010 do IBGE. O RJTV ouviu as pessoas que usam os ônibus nesse trecho.
Moradores de Santa Cruz relatam as queixas no sistema.
“Péssimo, tem assalto, ônibus quebrados, bancos ruins e moles. A gente chega no serviço suja, suada, cansada”, explicou uma passageira.
Algumas estações estão fechadas. São vários os casos de depredações e roubos. O consórcio afirma que gasta milhões em manutenção todos os anos para repor o que foi destruído. Mas o maior consenso entre os usuários é o fato de ter reduzido pela metade o tempo de viagem.
O trajeto entre Santa Cruz e Campo Grande levava mais de uma hora dependendo do horário. Com o BRT, o caminho é feito em meia hora. Caso fiquem sem o BRT, os moradores da Zona Oeste cobram que a Prefeitura do Rio de Janeiro ofereça alternativas para os passageiros.
"Eu gasto cerca de R$ 8 sem o BRT. NO BRT eu só pago uma passagem", afirmou um passageiro.
Comunicação oficial sobre problema
O consórcio BRT afirmou ao RJTV que fez quatro notificações à Secretaria Municipal de Transportes e que nenhuma providência foi tomada. Por isso, ele afirma que mandou um ofício para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para informar sobre a decisão.
As linhas antigas que existiam na área foram retiradas para a passagem do BRT. Ônibus convencionais devem circular pelo corredor a partir do fim do sistema. Desta maneira, os passageiros vão pagar assim que entrarem nos veículos, antes das catracas.
Prefeitura diz que existe obrigação contratual
A Secretaria Municipal de Transportes destacou que os consórcios possuem a obrigação contratual de manter os serviços de forma regular e satisfatória aos usuários do sistema e tem tomado as medidas cabíveis no cumprimento do código disciplinar com a aplicação frequente de multas e notificações e continuará agindo para que a população não seja lesada.
Informações: G1 RJ
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