Governo de São Paulo corta 72% dos investimentos na linha 3 vermelha do Metrô


O Metrô vem perdendo, ano a ano, o lugar no pódio de sistema de transporte público eficiente, de qualidade e orgulho dos paulistanos para um serviço caótico, superlotado e precário.

As panes e falhas do Metrô evoluíram do patamar de casos rotineiros para cotidianos. Nesta quarta-feira 20, às 6h30, os usuários da Linha 3 - Vermelha foram novamente castigados pela omissão e falta de investimentos por parte do governo Geraldo Alckmin na manutenção, modernização e expansão do sistema, que trazem como consequência as chamadas “falhas”. 

A decomposição do sistema é latente.No último dia 14, usuários ficaram duas horas nas filas para acessar o Metrô, por conta de outra falha na linha 5 - Lilás. No dia 8 de agosto, uma pane elétrica na linha 1 - Azul, entre as estações Vila Mariana e Paraíso, levaram passageiros a caminhar pelo túnel.

Uma das explicações para tantas falhas é o fato de o governo do Estado priorizar o pagamento à Concessionária Via Quatro, que opera a Linha 4 - Amarela, em detrimento da aplicação de recursos no Metrô.

O usuário paga na catraca a tarifa no valor de R$ 3,80. Desde fevereiro, a concessionária tem recebido o valor de R$ 2,01 por passageiro transportado na linha. Já para o Metrô, o governo continua pagando apenas o valor de R$ 1,90. Esta diferença de centavos se expressa em milhões em decorrência do número de passageiros.

A receita tarifária da Concessionária Via Quatro, conforme dados extraídos do balanço da empresa, foi de R$ 377 milhões em 2015, enquanto o Metrô recebeu R$ 135 milhões do governo do Estado - o repasse, porém, chegou apenas em 2016.

Neste mesmo ano, a Concessionária recebeu da receita tarifária R$ 416 milhões, enquanto o Metrô não recebeu até hoje o repasse do governo do Estado.

Vale ressaltar que, entre 2011 e 2015, o governo Alckmin deixou de repassar mais de R$ 1,1 bilhão ao Metrô.

Outro dado gritante é o de que os cortes de investimentos em recapacitação e modernização da linha 3 - Vermelha, de 2014 a 2016, foram de 72% - boa parte da explicação para as contantes falhas no sistema, decorrentes de falta de manutenção.

Informações: Brasil 247

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