Prefeitura assume manutenção do Porto Maravilha a partir desta quarta
A partir desta quarta-feira (5), a concessionária Porto Novo vai deixar de fazer os serviços
de manutenção na região do Porto Maravilha. A área foi revitalizada e se tornou um dos
pontos turísticos mais procurados da cidade. As obras de revitalização do local custaram
R$ 5 bilhões. A área, de 5 milhões de metros quadrados, era administrada pelo consórcio
Porto Novo, que arma
não estar recebendo pelo serviço.
A manutenção de calçadas, a varrição das ruas, a coleta do lixo domiciliar, a manutenção
dos sistemas de iluminação pública e o pagamento de operadores para conduzirem o
trânsito serão suspensos, entre outros serviços. Mil funcionários deixarão de trabalhar na
área.
O consórcio Porto Novo alega que a Prefeitura do Rio deixou de repassar R$ 13 milhões
por mês para a manutenção dos serviços. A dívida já chega a R$ 68 milhões e foi cobrada
na justiça. Só serão mantidos os serviços de manutenção dos túneis Marcelo Alencar e Rio
450, além da drenagem na área do porto.
A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (CDURP), que é o braço da
Prefeitura do Rio na gestão do Porto Maravilha, vai assumir a operação na região. Ao
mesmo tempo, vai cobrar da Caixa Econômica Federal o repasse dos recursos.
“O fundo Porto Maravilha, que é administrado pela Caixa, tem ativos. Ela tem 400 mil
metros quadrados de terreno. Ela tem quase 5,8 milhões de Cepacs, que são os títulos
que geram recursos, só que ela não está conseguindo vender. Por que razão? É uma razão de gerenciamento dela”, explicou Antônio Carlos Mendes Barbosa, diretorpresidente
da CDURP.
No m
do ano passado, a Prefeitura do Rio assinou um decreto determinando o repasse
de R$ 219 milhões para a concessionária Porto Novo, até maio de 2018. O diretorpresidente
da CDURP critica a decisão da gestão passada.
A assessoria do ex-prefeito Eduardo Paes declarou que o termo aditivo criticado pela atual
gestão da Prefeitura do Rio estava previsto no orçamento e foi enviado à Câmara no ano
passado. Ele armou
também que a administração de Marcelo Crivella está correta em
assumir a administração da área, mas deveria cobrar que a Caixa Econômica Federal
apresente opções, já que recebeu R$ 300 milhões para administrar o fundo.
A concessionária Porto Novo disse que pretende retomar as atividades na Zona Portuária.
Plano Estratégico
A Prefeitura do Rio de Janeiro também divulgou o plano estratégico para os próximos
quatro anos. São 101 metas e objetivos em vários temas, que vão desde a saúde até a
segurança para serem cumpridas até 2020. O plano está dividido em quatro grandes
áreas: economia, social, urbano-ambiental e governança. O custo previsto para colocar
todos os objetivos em prática é de R$ 14 bilhões.
Em meio à crise nanceira
que o país enfrenta, com a arrecadação caindo, um dos
objetivos é que o turismo cresça 20%. Outro foco é que a arrecadação de impostos suba
R$ 900 milhões por ano. O projeto que prevê alterações no IPTU é uma das apostas para ter esse dinheiro. Além disso, a Prefeitura do Rio espera conseguir R$ 4 bilhões em
investimentos externos.
Outro dos itens do plano é instalar 1,160 mil novas câmeras de vigilância e diminuir pela
metade os índices criminais de baixa letalidade na orla, como assaltos e furtos.
Na parte de educação e saúde, o prefeito planeja construir 11 novas policlínicas e quer
que 85% dos atendimentos nas UPAs e coordenações de emergência regionais sejam
feitos dentro do tempo esperado. Pensando na criançada, a previsão é de criar 40 mil
vagas em creches e 15 mil nas pré-escolas.
Para o meio ambiente, o objetivo é aumentar de 4% para 13% a reciclagem do lixo. Crivella
quer investir também nas obras de urbanização de 21 favelas e na construção de 20 mil
casas populares.
Na área de transporte público, o objetivo é reduzir pela metade o tempo de deslocamento
em todos os corredores expressos do BRT em horários de pico.
Dos R$ 14 bilhões previstos como custeio do plano, 40% do valor deve vir de parcerias
público-privadas. O resto cará
por conta dos cofres do município.
A ideia é que a população participe da versão nal
do plano. Nos próximos 90 dias, a
Prefeitura do Rio vai promover audiências públicas e reuniões com representantes da
sociedade.
Informações: g1 RJ
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