Índia vai instalar paneis solares em trens

O Brasil, você sabe, é um país rico. A gente acha que trem é coisa de pobre, por isso nossa malha ferroviária se resume a transporte de cargas, com pontuais exceções. São 30.129 km de extensão, desses 1.121 são eletrificados. Tá mais que bom: quer viajar vá de carro, taí a Transamazônica pra provar que todo canto é acessível.


A Índia por outro lado não pode se dar a esse luxo, até porque os carros da Tata são muito feios. Eles escolheram então o transporte ferroviário. São 119.630 km de trilhos, 66.687 km de rotas. Desses 37% são compostos de 2 ou mais linhas. 45% das rotas são eletrificadas. São transportados 8 bilhões de passageiros por ano.

Cuidar dessa infraestrutura toda gera empregos (outra coisa que a gente não precisa, todo mundo é Digital Influencer e YouTuber). São 1,33 milhão de funcionários, a Indian Railways é o oitavo maior empregador do mundo. Meh.

O custo em combustível é brutal, claro. Em 2014 foram 2,6 bilhões de litros de diesel, e mais sei lá quantos litros de eletricidade. Parte desse custo vai para geradores dedicados aos vagões, para alimentar luzes, ventiladores, ar-condicionado, sistemas de aviso, sistemas de entretenimento (nem todo mundo viaja na geral) e tomadinha pra iPhone.

O projeto em andamento, que entrou em operação dia 14 com o primeiro trem troca os geradores auxiliares por painéis solares e baterias. A solução evita a emissão de 9 toneladas de CO2 por ano, por vagão. Um trem com 6 vagões, cada um com 16 painéis solares economizará 21 mil litros de diesel por ano.

Fonte: Portal Ferroviário

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