CCR deixará a administração das Barcas do Rio após 5 anos

Em junho de 2012, a CCR embarcava em um novo e grande desafio ao assumir a concessão das Barcas do Rio de Janeiro. Nascia ali a CCR Barcas, uma empresa que, ao longo desses últimos anos, transformou o transporte aquaviário da cidade, mudando o patamar de atendimento e qualidade dos serviços prestados à população carioca!

Infelizmente, problemas de desequilíbrios contratuais fizeram com que o Grupo CCR optasse por sua saída das Barcas. Mas o sentimento do Grupo é de dever cumprido e da certeza de que entrega hoje ao estado do Rio de Janeiro uma empresa totalmente transformada e pronta para continuar sua trajetória de melhoria e de sucesso.

Confira como o Grupo CCR está atuando para garantir um processo de desmobilização dentro dos níveis de governança e transparência que marcam todas as ações da companhia. Entenda tudo sobre esse processo em entrevista exclusiva com o diretor da CCR Barcas, Francisco Pierrini. 

PNM - Como deverá acontecer a desmobilização?

FP - A CCR Barcas está perfeitamente alinhada com o corpo diretivo da CCR. O projeto Desembarcar, criado especialmente para a desmobilização, está em curso, para que os prazos sejam cumpridos com tranquilidade. Já existe todo um cronograma de ações a serem tomadas e alguns processos já tiveram início. A cada nova etapa, reuniões com todo o corpo funcional são realizadas. Tudo isso, para que a desmobilização ocorra dentro dos níveis de governança e transparência do Grupo CCR.

PNM - Quais foram os principais marcos de conquista da CCR ao longo desse período a frente da CCR Barcas e o que isso representa para a história da empresa e de Barcas?

FP - Assim que assumiu o serviço, a primeira preocupação da CCR Barcas foi com a segurança do usuário. Foi realizado o projeto “De portas abertas”, para ouvir expectativas dos usuários, comunidades e outros públicos de relacionamento. Nessa pesquisa, 85% das necessidades relatadas se referiam a melhorias das estações e aumento no número de embarcações. No primeiro momento, foram feitas importantes reformas na infraestrutura das estações. São obras que não aparecem, mas fundamentais para a continuidade da operação.

Foram incorporados à frota sete catamarãs (Harpia, Falcão, Fênix, Pão de Açúcar, Corcovado, Ilha Grande e Itacoatiara) para aumentar a oferta de lugares nos horários de rush. Na Estação Charitas, Zona Sul de Niterói, foi feita instalação de ar condicionado e assentos preferenciais no túnel de embarque, e do novo flutuante, permitindo a redução do tempo de embarque e desembarque. A Concessionária também investiu na reestruturação do estaleiro, que permitiu melhorias como a reforma das embarcações Brizamar (500 lugares) e Itaipu (1.000 lugares), que foram completamente remodeladas.

Em outubro de 2013, a CCR Barcas inaugurou a Nova Estação Praça Arariboia, em Niterói. O espaço tem o dobro da capacidade do antigo terminal e abriga, confortavelmente, 4 mil passageiros, em ambiente totalmente refrigerado e monitorado por 18 câmeras conectadas ao Centro de Controle Operacional da concessionária. Além disso, com saídas mais amplas, otimizou o processo de embarque e desembarque de passageiros.

Outra melhoria foi a instalação de roletas mais modernas, que proporcionaram maior facilidade e agilidade à entrada dos passageiros. Esses equipamentos funcionam com cartão magnético, têm sinalização eletrônica e ajudam o usuário a perceber o status do dispositivo através de sons e símbolos (acesso liberado, travado, travamento em instantes ou fora de funcionamento).

Com todas essas ações, hoje, o número de reclamações é cerca de 80% menor do que quando a CCR Barcas assumiu a operação.

PNM - Ao longo desses anos, a CCR mudou muito toda a estrutura das Barcas com novas embarcações, investimentos no estaleiro, implantação de sistemas de gestão mais eficientes, etc. A empresa que vencer a licitação pegará uma empresa muito mais organizada do que o que a CCR pegou, não é?

FP - Absolutamente. Esperamos que, com a elaboração de um novo contrato de concessão, que garanta o equilíbrio econômico-financeiro, a concessionária que assumir a operação possa gerir o transporte aquaviário de uma forma benéfica para os usuários e também para a empresa.

Portal Nosso Mundo - Quais os prazos que a empresa está trabalhando para o encerramento dos trabalhos?
Francisco Pierrini - Se não houver alterações no cronograma do processo licitatório, fevereiro de 2018.

PNM - Qual a mensagem que deixa para os colaboradores que juntos com a CCR escreveram essa história na Barcas. O que eles podem esperar do futuro?

FP - Parabéns pelo empenho, comprometimento e dedicação. Continuemos com o excelente trabalho até o término do processo. A CCR sai com a certeza de que, apesar das dificuldades, o serviço foi oferecido com excelência. Acreditamos que grande parte do setor operacional, que tem muita expertise na área do transporte aquaviário, será absorvido pela empresa que assumir a operação.

Sigamos em frente com muita determinação. Vale lembrar que ainda há muito a ser feito e que a roda da vida nunca para de girar. Façam os seus melhores, sejam os melhores que puderem, pois os resultados virão na mesma medida dos seus empenhos.

Informações: Portal CCR

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