Cariocas aprovam novo trecho da ciclovia Tim Maia

O tempo estava nublado, mas isso não deteve os ciclistas que fizeram questão de conhecer o novo trecho da ciclovia Tim Maia, que passa a ligar São Conrado, na Zona Sul, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A inauguração ao público foi neste sábado (3).

Foto: Alessandro Ferreira / G1

Morador de São Conrado, Pedro Bacellar, 34 anos, parou para fazer fotos no mirante próximo à entrada do túnel do Joá – o trajeto de 3 quilômetros passa por dois túneis e pelo antigo elevado. Ele estava feliz com a novidade, mas demonstrou preocupação com a segurança da pista.

"Isso aqui é um sonho, ficou lindo. A ciclovia parece ser segura, mas por via das dúvidas vou evitar andar aqui em dia de ressaca", disse ele, que passou "várias vezes" pelo trecho da Avenida Niemeyer, que desabou em abril.

"Nunca me preocupei com a construção, aquilo sempre me pareceu seguro, até que veio a tragédia", relembrou.

O subsecretário da Defesa Civil, Márcio Motta, esteve no local e assegurou que a pista liberada não oferece nenhum risco aos frequentadores.

A ciclovia conta com semáforos, iguais aos usados nos cruzamentos de trânsito, para alertar os usuários sobre as condições da via. Em caso de ressaca no mar, chuva forte ou ventos acima de 90 km/h, a luz ficará vermelha, indicando que o acesso à pista estará proibido.

Trecho Niemeyer ainda fechado

O plano de contingência, divulgado na quinta-feira (1º), vale para o novo trecho, entre São Conrado à Barra da Tijuca, e também para a parte que desabou em abril, entre o Leblon e São Conrado. Quatorze pessoas respondem pela morte de duas pessoas que passavam pela via na hora do desabamento.

Márcio Motta afirmou que a recuperação do trecho da Avenida Niemeyer será concluída em duas semanas e que, a partir daí, a liberação ao público dependerá da Justiça.

Ciclista vem de longe para pedalar

Outro ciclista, o ator Nestor Teixeira, 57 anos, veio de longe: morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ele contou que costuma por pedalar longas distâncias há pelo menos 40 anos, já tendo ido a Teresópolis e Cabo Frio de bike. Ele também aproveitava para registrar o dia em fotos e disse confiar na estrutura.

"Parece estar bem firme e segura. De qualquer modo, se cair, do chão não passa", brincou ele, que nem sabia que a ciclovia seria inaugurada: "Eu já viria para cá hoje, passei pela orla da Zona Sul e soube que aqui estava aberto, resolvi conferir".

Nestor também se lembra do trecho da Niemeyer antes do desabamento. Ele conta que pedalou pela pista e achou a construção "meio estranha", mas que confiou nos técnicos responsáveis pela obra. "Pensei: se liberaram, deve ser seguro", afirmou ele, que vai para casa pela ciclovia, a caminho da Barra da Tijuca. "Agora não preciso mais passar pelo túnel, facilitou muito".

Informações: g1 RJ