Schlierberg, o bairro alemão que lucra com a venda de energia solar

Enquanto por aqui ainda estamos pagando a conta da energia elétrica com bandeira tarifária vermelha, que significa que estamos usando as usinas térmicas na geração, na Alemanha, existe um bairro que produz por mês quatro vezes mais energia do que consome. E solar! E isso ainda gera um bônus anual para seus moradores! Sim, isso é possível.

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A Alemanha, ao contrário do Brasil, não é o país com a MAIOR potência de geração de energia solar do mundo. Lá, tem meses que a noite é maior que o dia, e dias muito nublados. Mesmo assim, em Friburgo (infelizmente não a nossa), considerada a capital ecológica alemã, um bairro foi pensado de forma totalmente sustentável, e assim, todos os prédios têm auto geração feita por placas fotovoltaicas.
chlierberg tem uma área de 11 mil m2, e além das placas fotovoltaicas, tem também aquecimento solar para água, captação da água da chuva, e foi todo construído com estruturas de madeira e materiais ecológicos. O sistema de vedação à vácuo faz com que os apartamentos conservem mais calor e seja necessário menos energia para seu aquecimento.
O arquiteto responsável é alemão, e se chama  Rolf Dishc . Ele é especialista em criar residências e edifícios que utilizam a luz solar, e pensou em responder 3 questões para o desenvolvimento do bairro: o que pode ser viável para gerar energia ecologicamente e com tecnologia solar? Quais são as necessidades urbanísticas e estéticas a serem atendidas? E por último, mas não menos importante, o que é financeiramente viável?  A resposta foi obtida juntando seu conhecimento com o dos moradores locais, e Schlierberg foi projetada de forma colaborativa! Ao todo são 59 residências e um prédio comercial, intitulado Sun Ship (Navio Solar). É nele que fica o estacionamento para os carros usados num sistema de compartilhamento, já que eles têm área de circulação reduzida, pois Schilberg foi pensado para pessoas.

O saldo geral é muito positivo e lucrativo, ao todo são gerados anualmente 420 mil kWh. O excedente de energia é vendido para as redes locais e gera lucro para os moradores. No entanto, o principal ganho é a economia de cerca de 500 toneladas de CO2 que deixam de ser emitidas na atmosfera anualmente, e seriam geradas com um consumo de algo em torno de 200 mil litros de óleo/ano.
Porque sustentabilidade pode e deve ser uma alternativa real, bonita, confortável e lucrativa (em todos os sentidos) para nós!

Informações: Catraca Livre

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