Ônibus vão voltar a usar a porta do meio para embarque no Grande Recife

Os ônibus que circulam pela Região Metropolitana do Recife (RMR) vão voltar a usar as portas do meio para embarque e desembarque de passageiros fora dos terminais integrados. A prática foi proibida há um mês pelo Procon, mas o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que a decisão fosse revista. O Grande Recife Consórcio de Transporte acatou a orientação nesta quinta-feira (19).

De acordo com o Grande Recife, a decisão já foi comunicada às empresas de ônibus e deve ser acatada imediatamente. Ainda segundo o órgão estadual, as empresas precisam repassar a orientação a seus funcionários assim que receberem o ofício. Por isso, é provável que as portas do meio já voltem a ser abertas nas ruas na sexta-feira (20).

Por nota, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), confirmou que começou a receber a notificação do Grande Recife, mas disse que ainda vai analisar o material.

Entenda o caso
A utilização das portas do meio fora dos terminais integrados foi proibida em outubro pelo Procon, com a intenção de evitar acidentes como o que vitimou a estudante Camile Mirele, que morreu ao cair de um coletivo na saída da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em maio. A decisão, no entanto, foi questionada pelo promotor de transportes do MPPE, Humberto Graça, que recomendou a revisão da ordem.

Segundo o MPPE, o promotor entende que a utilização da porta do meio garante "comodidade, conforto, saúde (redução do stress e acidentes) e, inclusive, a própria segurança" aos usuários do transporte público. Ele também acredita que a decisão do Procon agravou o desconforto dos passageiros porque os obrigou a se apertar ainda mais que o usual, já que os coletivos passaram a ter apenas um ponto de embarque e desembarque.

Na ocasião, o promotor ainda disse que o Ministério Público de Pernambuco recebeu diversas queixas sobre a decisão do Procon. Por isso, solicitou a retomada do uso da porta do meio com a intenção de garantir "minimamente um serviço adequado". Graça também cobrou a instalação do equipamento de segurança conhecido como anjo da guarda, que impede o veículo de ultrapassar 5 km/h com as portas abertas, e solicitou a devida fiscalização dos equipamentos de segurança por parte do Grande Recife.

Informações: G1 PE

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