Mercedes-Benz para produção de ônibus e caminhões e dá férias para sete mil

A unidade da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, paralisou a fabricação de ônibus, caminhões e peças até o dia 17 de julho e colocou em férias coletivas aproximadamente sete mil funcionários da planta.
Chassi de ônibus da Mercedes-Benz. Empresa ainda sentindo desaquecimento econômico deu férias coletivas a sete mil trabalhadores e parou até o dia 17 a produção de ônibus e caminhões em São Bernardo do Campo.

Uma proposta que tinha apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi rejeitada em assembleia pelos trabalhadores.
Entre os pontos apresentados nesta proposta estava a redução da jornada de trabalho em 20% por um ano em troca de 10% na redução do valor dos salários no mesmo período.
A Mercedes-Benz alega que as medidas têm sido necessárias para ajustar o tamanho e o custo da mão de obra à queda nas vendas de veículos pesados motivada pela situação econômica do País. Como noticiou o Blog Ponto de Ônibus, de acordo com a Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, as vendas de caminhões e ônibus tiveram neste semestre queda de 38,79% em relação a igual período de 2014. A baixa nos emplacamentos de caminhões foi de 42,11% e a de ônibus chegou a 25,12%.
Esta é outra medida drástica da Mercedes-Benz que diz ter um excedente de quase dois mil trabalhadores, incluindo os da área administrativa, de um total de dez mil funcionários.
Em maio, a empresa desligou 500 funcionários de São Bernardo do Campo, de um grupo de aproximadamente 750 que estavam em lay-off – suspensão temporária dos contratos de trabalho. Destes 500 trabalhadores, 300 foram cortados e 200 colocados em novo lay-off.
Outro ponto da proposta rejeitada pelos trabalhadores previa a readmissão de parte 300 destes funcionários de acordo com o número de aposentados ainda na ativa e pessoas que contam com estabilidade legal dentro da empresa que pudessem aderir a um novo PDV – Programa de Demissão Voluntária para este público.
Os trabalhadores também rejeitaram a proposta de aumento salarial na data-base de maio do ano que vem de metade do INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor do acumulado até lá.  Em acordo anterior, os funcionários concordaram em abrir mão de um aumento real, com índice acima do INPC, mas não aceitam ter correção menor que a inflação oficial do país.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Informações: Ponto de ônibus

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