Belém-PA. Usuários do transporte público interditam avenida Almirante Barroso

Usuários do transporte público fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (6) e interditaram um trecho da avenida Almirante Barroso, próximo ao Conjunto Costa e Silva, no bairro do Souza. A população reclamou da falta de ônibus no primeiro dia de greve dos rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba, embora uma determinação da Justiça tenha garantido o percentual de 80% dos coletivos circulando pelas ruas.
Manifestantes interditam trecho da avenida Almirante Barroso, em Belém, em protesto contra a falta de transporte no primeiro dia da greve dos rodoviários. (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Divulgação: Polícia Militar

Os manifestantes ficaram de mãos dadas na pista e formam uma barreira humana, impedindo o tráfego de veículos na avenida por cerca de uma hora. A Polícia Militar negociou a liberação das pistas.
Os moradores de Belém e região metropolitana lotam as paradas de ônibus em diversos pontos da capital desde o início da manhã desta quarta. Para chegarem ao trabalho ou à escola, muitas pessoas estão recorrendo ao transporte feito por vans e mototaxistas, que não são suficientes para atender à demanda da população. A população reclama ainda que os condutores do transporte alternativo estariam cobrando valores abusivos pela passagem, que estaria custando de R$ 3 a R$ 5 nas vans.
Greve
O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba não aceitou as propostas de reajuste da patronal e decidiu, após assembleia realizada na última terça-feira (5), entrar em greve por tempo indeterminado a partir de meia-noite.

A categoria pede o reajuste salarial de 13%, aumento no valor do tíquete alimentação de R$ 425 para R$ 550, além do pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade e reajuste na verba de clínica médica de aproximadamente 20%. Outra reivindicação é a redução da jornada de trabalho para 6h.
De acordo com o Setransbel, a proposta da patronal foi de zerar perdas salariais de acordo com o INPC, que ainda será divulgado. Segundo o Dieese, este aumento seria de 8,5%, sem ganho real. Nos tíquetes alimentação, a proposta também é de reajuste de 8,5%. Além disso, a verba para atendimentos clínicos - atualmente de R$ 210 mil - teria um reajuste de 8,5%.
Informações: g1 PA

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