Volvo triplica participação no mercado de ônibus em quatro anos


Como em quase todos os segmentos da economia, devido ao baixo crescimento do País e às instabilidades políticas em meio a crises geradas pela corrupção, o mercado de ônibus registrou no ano passado uma das mais expressivas quedas da história: c baixa de 16,3% nas vendas.

ônibus

Mesmo assim, algumas marcas têm registrados números positivos. É o caso da Volvo.
Em 2014, apesar das baixas nas vendas e produção do mercado brasileiro de ônibus, a Volvo conseguiu registrar tanto nos segmentos de urbanos e de rodoviários, crescimento de 2,7%.
Foram comercializados 3,7 mil chassis. O mercado externo chama a atenção. Deste total, 1,7 mil foram emplacados no Brasil e 1,4 mil fabricados no País e emplacados no exterior.
O maior volume de vendas no exterior foi para Colômbia, com 60,6% das entregas; seguida pelo Chile, com 19%; e pelo Peru, com 10,6%. “Este volume de vendas expressivo para a Colômbia, deve-se à ampliação de algumas linhas alimentadoras ao Transmilênio (sistema de corredores de ônibus de Bogotá) e ao projeto de renovação da frota com veículos com tecnologias menos poluentes, como Euro 5 e híbrida”, explica em nota o presidente da Volvo Bus Latin America, Luís Pimenta.
Segundo a montadora, mesmo com a crise, 2014 foi o segundo melhor ano da história da produção e vendas de ônibus no Brasil, perdendo apenas para 2013.
O crescimento dos ônibus Volvo não é evidenciado apenas pelo número de unidades vendidas, mas pela participação no mercado geral deste tipo de veículo.
Em quatro anos, segundo balanço da empresa, a participação praticamente triplicou.
Em 2014, a Volvo respondeu por 11,9% do mercado de ônibus no Brasil. De acordo com nota da montadora de Curitiba, com sede na Suécia, “em 2010 tinha 4,1% de market share; em 2011, 7,7%; em 2012 alcançou 9,9%; e em 2013, 10,7%”
O presidente da Volvo Bus Latin America, Luís Pimenta, diz na nota que a assistência no pós venda atraiu compradores para a marca:
“Junto com a rede, temos feito uma série de investimentos na infraestrutura de atendimento e em programas de pós-venda para melhorar cada vez mais a agilidade e a qualidade do atendimento aos operadores de transporte”, destaca Pimenta.
Além disso, é importante destacar que o lançamento em 2011 do ônibus com motor dianteiro B 270 F foi um dos principais motivos para a marca chamar a atenção de novos frotistas.
O empresário brasileiro, tanto de ônibus urbanos como de fretamento, prefere os veículos com motor dianteiro. São dois motivos básicos. Um por causa da própria estrutura das cidades estradas, que nem sempre oferecem condições para a circulação de veículos mais confortáveis com motor traseiro ou central e de piso baixo. Mas também por causa do custo de aquisição, operação e manutenção, que é menor.
Ocorre que a Volvo soube jogar. Com os pacotes de assistência pós venda, os ônibus de motor dianteiro acabaram sendo a porta de entrada de novos frotistas, que acabaram por adquirir outros modelos.
As obras de mobilidade, com corredores de ônibus para receber veículos de maior categoria, também tiveram impactos positivos para a Volvo, apesar de muitas destas intervenções públicas previstas para a Copa do Mundo estarem inacabadas.
A Volvo é a única no País a fabricar ônibus biarticulados, com 28 metros de comprimento e capacidade que pode chegar a 270 passageiros. No entanto, desde 2012, ela enfrenta um grande concorrente, o superarticulado da Mercedes-Benz, que tem 23 metros de comprimento para até 230 pessoas e que se posiciona entre os articulados de padrão mais tradicional e o biarticulado.
A Volvo atua nos segmentos de ônibus semipesados e pesados.
Apesar dos bons números, a montadora está ciente de que nada são flores no mercado de ônibus e caminhões e na nota explicita as principais preocupações para este ano:
“As condições de financiamento recentemente implementadas, a deterioração dos índices econômicos e a acentuada queda nas vendas preocupam a Volvo.”
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Informações: Ponto de Ônibus

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