Produção de ônibus no Brasil amarga queda acumulada
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) confirmou suas projeções mais recentes, em que o mercado de ônibus chegarão a 27,5 mil, com retração de 16,5%. Os 2.340 ônibus licenciados em novembro implicaram retração de 18,8% ante outubro. No acumulado do ano foram 25,2 mil veículos, com queda 15,2%.
A produção de janeiro a novembro teve 32,3 mil unidades, volume 15,9% menor que o de igual período de 2013. A montagem de modelos urbanos somou pouco mais de 26 mil unidades e registrou queda de 19,1%. Os modelos rodoviários fabricados no período somaram 6.262 unidades, resultando em discreta alta de 0,6%.
A exportação de 662 unidades em novembro resultou em alta de 12%, mas os 6.134 ônibus vendidos ao exterior nos 11 meses revelam queda de 30,5% em relação ao mesmo período de 2013. Quando analisados somente os modelos urbanos, a retração chega a 40,7%.
A queda de produção engloba os dois maiores segmentos da indústria de veículos de transportes coletivos: rodoviários e urbanos, contanto nestes segmentos com chassis para miniônibus, micro-ônibus, ônibus midi (micrão), ônibus convencionais, ônibus padron, ônibus de três eixos, ônibus articulados, ônibus superarticulados, ônibus biarticulados, ônibus LD (com o posto de trabalho do motorista abaixo do nível do salão de passageiros) e ônibus DD (Double Decker – dois andares).
As licitações de transportes são outros problemas no Brasil devido a diversos fatores. Pelo menos em relação à licitação da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, os empresários de ônibus ganharam a queda de braço travada com o Governo Federal. Seriam licitadas aproximadamente 2 mil linhas rodoviárias interestaduais e internacionais com extensão superior a 75 quilômetros. Desde 2008, quando as licenças de operação destas linhas venceram, empresas e governo não entraram em consenso em relação ao modelo apresentado no edital por diversos fatores, como a divisão do sistema em 18 grupos e 54 lotes, dimensionamento de frota e da demanda.
Vale lembrar que a ANTT desistiu de fazer a licitação e vai conceder as linhas por meio de autorizações individuais, como ocorre na aviação. No entanto, este processo só deve ser concluído no ano que vem, quando o segmento de ônibus rodoviários vai sentir mais o impacto dos investimentos maiores dos empresários.
FONTE: FORTALBUS
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