Mauá-SP. Suzantur assume mais seis linhas em Mauá e compra outros 22 ônibus novos
A empresa de ônibus Suzantur anunciou no dia 16 de novembro de 2014, passa a operar mais seis linhas que eram servidas pela VCM – Viação Cidade de Mauá. São elas:
- 035 – Condomínio Isabella.
- 073 – Oratório
- 103 – Bogus
- 108 – Aracy
- 113 – Hélida
- 125 – Olinda
A companhia de ônibus também informou que estão na garagem mais 22 veículos zero quilômetro, todos convencionais com motor dianteiro: 10 Caio Apache Vip III e 12 Mascarello Gran Via.
Somados aos 48 veículos novos comprados pela empresa neste ano, agora a frota de ônibus adquiridos zero quilômetro neste ano sobe para 60 veículos.
A meta após a assinatura do contrato de licitação em 15 de agosto de 2014 é colocar em quatro meses, a contar deste dia, 248 ônibus novos.
A empresa informou que já estão em linha de produção na encarroçadora Mascarello, em Cascavel, no Paraná, mais 31 ônibus convencionais que devem ser entregues até o final do mês. Todos são convencionais com motor dianteiro.
Também até o final de novembro, a companhia de ônibus deve operar sozinha todas 49 linhas municipais de Mauá, ao assumir os serviços remanescentes da VCM – Viação Cidade de Mauá.
A empresa de ônibus informou ainda que a partir desta segunda-feira, dia 17 de novembro, inicia uma parceria com o Sest/Senat para oferecer cursos e treinamento de qualificação aos motoristas e cobradores.
A Suzantur entrou no sistema de Mauá após um polêmico processo de descredenciamento das duas operadoras da cidade: Viação Cidade de Mauá e Leblon Transporte de Passageiros.
A prefeitura de Mauá alega que ambas empresas supostamente consultaram sem autorização dados do sistema de bilhetagem eletrônica.
A procuradora do município, Thais de Almeida Miana, em parecer, sugeriu a realização de uma nova sindicância para apurar a acusação realizada pelo prefeito Donisete Braga e o então secretário de mobilidade urbana, Paulo Eugênio Pereira. A sindicância da prefeitura, na visão da procuradora, precisaria ser mais técnica já que predominantemente tinha elementos testemunhais de pessoas ligadas ao paço.
O parecer, de 27 de junho de 2013, foi ignorado por Donisete Braga e Paulo Eugênio que continuaram o processo de descredenciamento e não fizeram um processo de apuração mais aprofundado.
A prefeitura anunciou que tiraria de circulação as duas empresas de ônibus. Mas o governo de Donisete Braga só retirou de uma vez apenas a Leblon, em 29 de dezembro de 2013. Já a Viação Cidade de Mauá, de Baltazar José de Sousa, há onze meses tem cedido aos poucos as linhas.
Baltazar José de Sousa, que aluga a garagem para a Suzantur, pertence ao grupo de empresários que atua há 30 anos no ABC Paulista, formado também por Renato Fernandes Soares e Ronan Maria Pinto, dono do jornal local Diário do Grande ABC.
O descredenciamento foi visto como uma manobra para tirar a Leblon Transporte que opera no sistema de corredores BRT e estações tubo de Curitiba e na cidade de Fazenda Rio Grande, no Paraná, onde é a sede da companhia, e que não pertence a este grupo conhecido por financiar campanhas de políticos no ABC.
A prefeitura nega a manobra.
A prefeitura nega a manobra.
Claudinei Brogliato, dono da Suzantur, afirmou que apesar de pagar aluguel da garagem e usar ônibus que eram da Viação Estrela de Mauá, empresa fundada por Baltazar José de Sousa e depois dirigida por David Barione Neto, não possui relações com o empresário na operação dos transportes.
David Barione Neto figurou até o início do ano como representante da Suzantur em negociações com o sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus da região, o Sintetra.
O mérito do descredenciamento da Leblon Transporte é ainda analisado pela Justiça.
Adamo Bazani
Jornalista da CBN, especializado em transportes.
Comentários
Postar um comentário