Metrô-Fortaleza-CE: Cobrança de R$ 2,20 por passagem começa amanhã

A partir de amanhã, a Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor) terá passagem cobrada no valor de R$ 2,20 (inteira) e R$ 1,10 (meia), além de funcionamento das 6h30min às 19 horas, de segunda-feira a sábado. Porém, o fim da operação assistida do equipamento, esperado por mais de dois anos, ainda não oferecerá menor tempo de espera entre os trens (que continua sendo de 30 minutos), nem integração com outros modais de transporte ou possibilidade de utilização de créditos do Bilhete Único. 
 Mas a mudança para operação comercial garantirá compromisso de horário, pontualidade e destino dos trens. A previsão de funcionamento até as 23 horas e com redução do tempo de espera para cerca de seis minutos é junho de 2016. As informações foram divulgadas ontem.
A decisão do Governo do Estado de iniciar a nova fase aconteceu a partir da assinatura, há uma semana, de Termo de Compromisso com o Governo Federal. A União repassará R$ 142 milhões (com contrapartida estadual de R$ 50 milhões) para custear a implantação do sistema de funcionamento da linha. “Agora nós temos a garantia de que tudo o que nós estávamos fazendo vai realmente funcionar na sua plenitude”, afirmou o presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, Rômulo Fortes.

A plenitude a qual ele se refere é a execução dos serviços de sinalização, bilhetagem, telecomunicação e ventilação, responsáveis por dar mais segurança para o trânsito de trens, com mais velocidade e em maior quantidade. O prazo para que isso ocorra é de, pelo menos, dois anos.
“Tecnicamente podemos dizer que tem tudo para estar pronto em junho de 2016, mas tem a questão judicial e a ‘ciência’ da contratação”, reconheceu Rômulo. Ele diz que os processos licitatórios dos serviços estão programados para começar em outubro.
Ajustes e mudanças
Durante a operação assistida, o principal ajuste feito foi referente à tração dos trens, adaptando, por exemplo, a voltagem dos equipamentos de 1,5 mil volts (usada na Europa) para os 3 mil volts utilizados no Brasil. “Com a operação assistida era praticamente um passeio. O leque de gente que usa o metrô para uma atividade realmente útil não era tão grande e agora vai ser”, frisou Rômulo Fortes. Na nova fase, serão utilizadas composições com seis veículos (no lugar dos três da operação assistida).

Conforme O POVO publicou no último dia 26, o valor inicialmente divulgado pelo Governo do Estado foi de R$ 2,85 a inteira e R$ 1,40 a meia. A redução tarifária reflete a demanda do transporte público da Região Metropolitana de Fortaleza, que é 85% oriunda da Capital. De acordo com Rômulo, o sistema de bilhetagem definitivo fará a cobrança proporcionalmente aos trechos percorridos.
 Saiba mais
Na fase comercial, a Linha Sul deverá transportar 100 mil passageiros por dia - quase 90 mil a mais que atualmente. Quando a integração começar, esse número deve saltar para 350 mil.

A integração com outros modais de transporte não pode acontecer em decorrência de o tempo entre os trens ainda ser longo, de 30 minutos. Isso impede sincronização de horários.

O serviço de ventilação possibilitará a circulação de mais trens e, consequentemente, menos tempo de intervalo entre eles. O ideal é que a média seja entre três e seis minutos de espera.

A telecomunicação, que engloba a cronometria dos trens e deverá ser feita em fibra ótica, permite a sincronização de chegada e saída dos veículos. Hoje ela é feita por sistemas de rádio e telefônico.

O sistema de ventilação (que deixa de ser natural e passa a ser forçada) é fundamental para que a dissipação de algum problema seja rápida. É um risco colocar muitos trens para funcionar com uma dissipação normal, informa a Metrofor.

Para entender
De acordo com a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos, o metrô de Fortaleza começou a ser pensado ainda em 1977. Falta de recursos permearam a cronologia do equipamento.
1987. Constituído consórcio Metrofor com interveniência da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
 1999. Início das obras civis na ligação Norte/Sul da linha de carga.
2002. Paralisação das atividades em função dos contingenciamentos impostos pelo Governo Federal.
2004. Retomada das obras civis. Fabricação dos sistemas fixos e do material rodante continua paralisada.
2005. Redução do ritmo das obras civis por causa de insuficiência de recursos. Em novembro, novo convênio entre governos Estadual e Federal permite retomada.
2007. Divulgação, pelo Governo Federal, de recursos para implantação da Linha Sul até 2010. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) viabilizou o aporte financeiro.

2009. Consórcio construtor suspende obras civis por decisão do Tribunal de Contas da União. Obras são retomadas em agosto.
 2010. Início das obras da estação José de Alencar, no Centro.
2011. Obras civis em execução.
fonte e informações: Jornal O Povo Ceará


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