Tecnologia do Transporte Público: Universidade brasileira desenvolve trem que flutua

Embora a tecnologia de levitação magnética (maglev) para ferrovias venha sendo pesquisada há mais de 40 anos na Alemanha e no Japão, atualmente apenas duas linhas operam comercialmente no mundo: em Xangai, na China, e Aichi, no Japão. Pois o Brasil, em futuro próximo, pode se juntar a esse clube fechado. O Laboratório de Aplicações de Supercondutores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em parceria com outros institutos de pesquisa, está desenvolvendo o projeto do Maglev Cobra, um trem flutuante que poderá, por exemplo, ligar o Rio de Janeiro a São Paulo a 450 km/h, a um custo de implantação equivalente a um terço do investimento em uma linha convencional de metrô, com manutenção até 50% mais barata. E importante: trata-se de um veículo de transporte menos poluente, pois é movido a energia elétrica.
O projeto da UFRJ optou pela levitação magnética supercondutora, considerada a mais moderna tecnologia nesse segmento. Uma placa de cerâmica supercondutora é resfriada à base de nitrogênio e, ao se aproximar de trilhos magnetizados por meio de poderosos ímãs – feitos a partir de uma composição de neodímio (Nd), ferro (Fe) e boro (B) –, provoca o efeito de levitação. Os pesquisadores realizam testes de bancadas com os componentes isolados, incluindo um módulo que já suportou sem problemas o peso de seis adultos, para então montar o veículo e testar todos os componentes interligados.
O projeto Maglev Cobra inicialmente implantará uma linha curta de testes, talvez já em 2015, estendendo-a posteriormente dentro do campus da UFRJ, com a capacidade de transportar 20 mil alunos por dia. A partir dos resultados obtidos, a aprovação final do sistema o liberará para uso comercial. As viagens mais longas, como a São Paulo-Rio, porém, ainda devem esperar um pouco. O objetivo inicial do Maglev Cobra (cujo nome deriva de sua semelhança com o réptil, por ter unidades curtas que permitem fazer curvas mais acentuadas) é interligar pontos estratégicos urbanos, como aeroportos ou estações de metrô.
A chegada desse novo modal de transporte urbano abrirá grandes possibilidades para inovar na chamada internet industrial, como, por exemplo, os sistemas de sinalização e controle metaferroviário desenvolvidos pela GE, que supervisionam automaticamente trens e suas conexões.
Assim, as operadoras de trânsito urbano terão a infraestrutura necessária para enfrentar desafios e mudanças na rotina operacional sem dificuldades – desde o aumento de número de passageiros até disponibilidade de serviços ou consumo de energia.
Revista Época Negócios
Informações foram retiradas do Portal sinfer.wordpress.com
maglev


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Rio de Janeiro-RJ. A linha de ônibus mais longa da Zona Oeste. Confira aqui as 10 mais colocadas

Prefeitura de Niterói prorroga restrição de circulação com municípios vizinhos até 20 de maio

Estado reserva R$ 20 mi para Linha 20-Rosa - Diário do Grande ABC