Tarifa única dos ônibus é uma invenção da modernidade, nem sempre é assim

Hoje se prestarmos atenção na situação das grandes cidades brasileiras, observamos como a maioria das linhas de ônibus cobram tarifa única, mas nem sempre foi assim, em alguns casos ainda tem linhas que cobram tarifa por distancia  e por localidade. Pegaremos o caso das tarifas intermunicipais do Estado do Rio de Janeiro e da cidade carioca. A empresa Nossa Senhora da penha de Mesquita, cobrava duas tarifas distintas na maioria das suas linhas, com exceção das linhas 737, 540 e 542, mas com a implantação do Bilhete Único na Região Metropolitana, esta pratica reduziu drasticamente, principalmente nas linhas que ligam o Centro do Rio de Janeiro a Baixada Fluminense. Os passageiros agora tem duas opções: ou paga o valor normal com a tarifa unitária, ou usa o bilhete único. Nas cidades do interior do Rio de Janeiro, ainda tem empresas que cobra tarifa por distância, maior exemplo é da Viação Barra do Piraí e Viação Progresso.    Na década de 1960, o Jornal Correio da Manhã registrou a tabela de preços da linha S-76 (atual linha 638), na época a empresa que administrava a linha era a Viação Suburbana, hoje é a Viação Três Amigos, atualmente o valor da tarifa é único, custa R$ 2,75, mas na época como mostra o jornal abaixo eram 6 tarifas diferentes dependendo da distância. Outro caso, temos na linha da Baixada Fluminense da Transportes Blanco, as linhas 105P e 106P que fazem o percurso Nova iguaçu x Paracambi cobra mais de 1 tarifa, a mais barata é o trajeto feito entre Paracambi x Japeri que custa R$ 2,80. Enquanto a linha 193C Central x Paracambi o valor é único, custa  R$ 8,45, no bilhete único sai por R$ 5,20. Hoje estamos caminhando cada vez mais para a unificação das tarifas com a adoção do Vale-Transporte eletrônico e do Bilhete Único na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

  

Blanco na linha 105P em Paracambi

NS da Penha linha 544, antes cobrava duas seções, agora tarifa única


Linha 638, antiga linha S-76